sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Desatino ideológico


     Esse negócio de direito democrático a manifestações, como são conduzidas no Brasil, em particular, é uma balela, uma das grande bobagens demagógicas que algumas pessoas - políticos petistas e assemelhados, em, especial - repetem fazendo caras e bocas de liberais, moderninhos, antenados. Ontem, esse inacreditável ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu-se com essa máxima do politicamente correto, mas juridicamente pilantra.
     Não é bem assim. Ninguém tem o direito de infernizar a vida dos outros, interromper avenidas, provocar engarrafamentos monstruosos e outras atitudes semelhantes. Notem: não estou falando de atos de puro vandalismo e banditismo, contumazes, que sequer deveriam ser considerados.
     As manifestações, como acontece em países civilizados, devem ser precedidas de autorização das autoridades e circunscritas a áreas pré-determinadas, para que provoquem o mínimo dano ao - aí sim!!! - direito inalienável de ir e vir que a Constituição  garante a todos nós.
     Por aqui, no entanto, prevalece a vigarice retórica que dá sustentação ao descalabro em que estamos vivendo, com manifestações diárias, em todas as partes, pelos 'direitos' mais diversos. E todas, graças á covardia e à conivência dos nossos governantes, são toleradas ao extremo. Por se prolongarem e realizarem ao extremo, terminam invariavelmente em arruaça, destruição de patrimônio público e privado, agressões.
     Uma manifestação organizada, contundente na presença de público, objetiva e que não agrida o direito alheio teria uma repercussão maior e mais respeitada. A canalhice de políticos e partidos políticos, no entanto, é o maior obstáculo às verdadeiras explosões de inconformismo.
     É a essa parcela deletéria da nossa elite - os políticos de uma nebulosa área que se arvora de esquerda - que devemos cobrar as consequências do desatino ideológico que vem marcando os últimos tempos dessa sofrida República.

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