quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A moda' pegou


     A 'moda' pegou. O ex-deputado e quadrilheiro condenado Roberto Jefferson - aquele que deflagrou o escândalo do mensalão do Governo Lula sem ter essa intenção - anunciou que vai pedir uma ajuda aos seus companheiros de partido, o PTB, para quitar a multa com o País, imposta pelo Supremo Tribunal Federal, algo em torno de R$ 750 mil. Uma ninharia, perto do que está sendo obrado do publicitário mineiro Marcos Valério.
     Jefferson, segundo nos conta o Estadão, afastou a possibilidade de usar o mesmo 'artifício' empregado pelos quadrilheiros petistas, seus companheiros de condenação. Segundo ele, a turma do PT está habituada a pagar uma parte dos seus salários para o partido, o que não acontece na sua agremiação.
Assim, sem a possibilidade de uma 'vaquinha virtual', adiantou que vai vender uma sala comercial que tem no Centro do Rio de Janeiro e solicitar ajuda diretamente aos grandes nomes do partido, como o ex-presidente e atual senador Fernando Collor. 'Temo' por sua sorte. É provável que fique sem esse apoio do campo 'ideológico'.
     Ele não aventou essa hipótese, mas vou tomar a liberdade de sugerir que peça uma ajudinha aos seus antigos parceiros do PT, em nome da estreitíssima ligação que mantinha com o ex-presidente Lula. Ele pode lembrar, para amolecer corações petistas, as folganças no Palácio do Planalto, nas quais divertia os donos do poder com suas habilidades de barítono.
     Pode lembrar, ainda, o atestado de idoneidade que o próprio ex-presidente lhe passou, logo em seguida à deflagração do escândalo. Apavorado com a possibilidade de perder o mandato - esteve por muito pouco!!!-, Lula temia que Jefferson ampliasse as - digamos ... - denúncias. E não teve dúvidas em defendê-lo.
    Jefferson, no entanto, e para gáudio da companheirada, recolheu as armas que havia empunhado para confrontar o ex-ministro José Dirceu, a quem acusava de tentar desestabilizá-lo.
     Em síntese: fica aí a sugestão, embora saibamos que esse história de solidariedade entre criminosos não resiste à primeira oferta de algum benefício.

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