sábado, 23 de fevereiro de 2013

Uma semana para esquecer

     A semana que hoje se encerra deveria ser apagada da nossa história, por vergonhosa, deprimente, abominável. Os exemplos de truculência e o desatino de 'jovens' desqualificados - como são antigos, carcomidos! - contra a blogueira cubana Yoani Sánchez estão entre os momentos recentes mais lastimáveis. O mal que esses arruaceiros fizeram ao Brasil é incomensurável. Fomos expostos ao mundo como um país onde prevelace o arbítrio, o desrespeito aos mais caros símbolos da democracia, entre eles o direito à liberdade de expressão. E tudo sob os olhos benevolentes - coniventes, talvez fosse mais correto - do esquema de poder que se instalou por aqui há dez anos.
     Não satisfeita em exibir um dos lados perversos da estupidez, do radicalismo inconsequente - ao agredir alguém que prega a liberdade e o diálogo -, nossa 'esquerda', com inegáveis tons fascistas, voltou a fazer a apologia do crime, ao renovar seu apoio incondicional aos bandoleiros petistas condenados pelo Supremo Tribunal Federal, por crimes que vão da corrupção à formação de quadrilha. Os anunciados arautos da dignidade chafurdam cada vez mais profundamente na lama.
     Analisados em conjunto, esses dois acontecimentos traçam o perfil mais aproximado do abismo moral em que a militância petista e assemelhada mergulhou, de braços dados - insisto - com a nossa lastimável camada de dirigentes. Nossa presidente, por exemplo, adotou definitivamente a cor vermelha nos seus modelitos, esquecida de que representa o universo nacional, e não apenas e tão-somente um partido político.
     Aliados do que há de pior no mundo - os governos cubano, venezuelano, iraniano, argentino e quetais - caminhamos velozmente para o limbo, condenados a um futuro que recende ao passado. Mesquinhos, vulgares e ignorantes, os líderes dessa Era flertam constantemente com o arbítrio, sonham com o dia em que nos transformarão em algo parecido com a ilha dos irmãos Castro.

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