A desfaçatez com que petistas de todos os calibres atacam a
dignidade nacional é inacreditável. A recepção festiva concedida aos
quadrilheiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal foi a grande marca da ‘festa’
pelos 10 anos de poder do partido, realizada quarta-feira, em São Paulo. Como destacou
o deputado federal Roberto Freire, presidente do PPS, em um programa de
entrevistas ontem à noite, na GloboNews, o PT perdeu inteiramente o
rumo. A ovação dirigida a José Dirceu e demais asseclas - “bandidos, criminosos”
- foi apenas o exemplo mais recente desse descontrole.
O desdobramento dessa insensatez, portanto, não
surpreende. As críticas proferidas pelo
ex-ministro José Dirceu à Lei da Ficha Limpa são mais um marco do abismo moral
em que o PT mergulhou e de onde, ao que tudo indica, não conseguirá emergir.
Especialmente quando fica bem evidente que ele fala pelo partido, que há uma
enorme unanimidade em torno da defesa do ilícito, do vulgar, do deplorável.
A busca pelo poder absoluto contaminou definitivamente o
partido, que já não disfarça sua vocação deletéria e sua opção pelo desatino,
desde que apontem para bons resultados eleitorais. Não há vergonha pelos crimes
cometidos ao longo dessa década. Eles sequer são admitidos. Os mentores e artífices
do Mensalão – o maior assalto institucional aos cofres públicos e ao coração da
democracia – são cultuados.
Os sucessivos escândalos – e há uma lista interminável de
episódios de corrupção em todos os escalões – são ignorados. A atual presidente
não se acanha de comparecer a uma solenidade ao lado de bandoleiros. Do
ex-presidente não se poderia esperar comportamento menos indigno. Lula é isso:
um personagem incrivelmente ignorante e mentiroso. Alguém claramente desprovido
de superego.
A sórdida série de agressões à jornalista cubana Yoani Sánches
– com o apoio implícito do Governo - exibiu o caráter fascista dos atuais
detentores do poder e de seus seguidores. Essa é a verdadeira face do petismo.
Uma seita que ignora os mais elementares conceitos de liberdade de expressão e
insiste, como fez mais uma vez, na sua luta pelo controle da informação.
Por palavras e atos, o Brasil cada vez mais
se parece com Cuba e Venezuela, dois dos mais destacados exemplares das trevas
ideológicas.
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