sábado, 28 de setembro de 2013

Realidade nauseante

     Somos um país estranho, de futuro lamentavelmente incerto. O noticiário político dos últimos dias nos envolve no surgimento de mais dois partidos políticos e nas tramoias que estão sendo realizadas nos bastidores, nas negociações de apoio, principalmente, a candidatos majoritários no ano que vem. Algo essencialmente nauseante, pelo que revela de conchavos, trocas, promessas e compromissos, todos executados independentemente das pessoas que compõem a nacionalidade.
     É inacreditável que personagens como o ministro Fernando Pimentel, da Integração e muitas coisas mais (para ficar, apenas e por enquanto, na aprovadíssima seara governamental) estejam postulando cargos como o de governador de Minas Gerais. Pimentel, que desapareceu convenientemente da tal 'mídia' que seus companheiros querem regulamentar, esteve envolvido em um escândalo que, em lugares menos festivos, soterraria definitivamente qualquer tentativa eleitoral.
     Ninguém lembra (eu não esqueço) que, pouco antes de assumir a função de coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff, de quem é amigo, recebeu quase R$ 2 milhões de empresários mineiros por palestras que jamais - é isso mesmo, jamais!!! - realizou. Coincidentemente, ele havia acabado de deixar a prefeitura de Belo Horizonte, onde autorizou várias obras dos empresários que financiaram as falas que nunca fez.
     Quando o escândalo foi divulgado, já era ministro. Para espanto da parcela decente do país, continuou ministro e, agora, está se preparando para disputar o Governo do Estado. Outros contemporâneos de Ministério, entretanto, não resistiram à tempestade de denúncias de fatos escabrosos que marcou o primeiro ano do Governo Dilma. Perderam os cargos, mas - como o ex-ministro do Trabalho, o pedetista Carlos Lupi mantiveram o poder, é claro.
     O próprio índice de aprovação do Governo Dilma é sintomático da lacuna de decência que acomete o país. O esquema espúrio inaugurado pelo ex-presidente Lula, com seus acordos com o que há de pior nesse país, continua produzindo notícias teoricamente devastadoras, incapazes, no entanto, de alcançar a população com o alcance que deveriam ter, graças ao processo de financiamento da consciência nacional que vem sendo empreendido com absoluta competência, tenho que reconhecer.

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