quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Dois deputados e seus roubos

     Duas noticias envolvendo ladrões: um, condenado; o outro, confesso. Vamos ao condenado. O deputado federal João Paulo Cunha, do PT paulista (peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro), terá, mesmo, que purgar algum tempo na cadeia, ao lado de outros dez quadrilheiros do Mensalão do Governo Lula, destaque para o ex-ministro José Dirceu. De nada adiantaram os recursos, embargos, traquinagens e tudo o mais que foi tentado ao longo desses quatorze ou quinze meses.
     João Paulo perdeu, também e inclusive, a chance de continuar com seu mandatos. mesmo na cadeia. Até mesmo o ministro Ricardo Lewandowski, defensor ferrenho dos petistas condenados, jogou a toalha e admitiu que a decisão pela cassação é do Supremo Tribunal Federal, e que cabe à Câmara, apenas, referendá-la. Não correremos, pelo visto, o risco de assistir a novas cenas explícitas de descaramento. Deputado condenado, pelo menos pelo Mensalão, é deputado cassado, e fim de conversa.
    
     O outro caso de roubo também foi destaque nos jornais, em especial em O Globo. Envolve a deputada Janira Rocha, do PSOL, partido de candidatíssimo  a governador e sempre ativo Marcelo Freixo. Ela, com a desfaçatez que caracteriza grande parte da companheirada (no fundo, jogam todos no mesmo time), reconheceu que roubou, sim, dinheiro do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindsprevi/Rio) para usar no partido.
     Mas, como se fosse um arauto dos mensaleiros e afins, saiu-se com mais uma pérola da vigarice. Alega, em sua defesa!!!, que pegou dinheiro, mas para ação política, e não para comprar passagens aéreas. Trata-se, como se pode imaginar, de uma ladra seletiva, a que rouba pela 'causa'. Algo como os fins justificam os meios, essa conversa fiada e pilantra que tenta encobrir o desvio de caráter que pontifica não apenas nas argumentações dos que são pegos com as duas mãos nos cofres públicos.
     Esse tipo de desculpa, lastimavelmente, está presente no discurso da turma que ainda defende a camarilha que vem assaltando o país. Uma defesa atravessada, que tenta fazer comparações para justificar sua condescendência com o 'malfeito'.

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