sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A digital petista no PROS

     Veja, para desgosto de muitos, exibe, na sua página de hoje, um pedaço das entranhas do processo de criação desse inacreditável Partido Republicano da Ordem Social (PROS), citado por mim, ontem, ao lamentar a institucionalização da vigarice mais absoluta na política partidária. Está lá, no texto, a indesmentível confirmação de que esse novo balcão de compra e venda de espaços na propaganda oficial tem as digitais do governo, como seria de se supor.
     Por trás do obscuro ex-vereador (???) que presidirá esse amontoado de letras inócuas, surge, impávido colosso, um 'esquema de apoio' (e nós sabemos o que isso pode ser ...) composto por próceres petistas, como os senadores fluminense Lindbergh Farias (acusado formalmente de devastar as contas de Nova Iguaçu, quando prefeito) e mato-grossense-do-sul Delcídio Amaral e o ministro do Desenvolvimento e muitas coisas mais, Fernando Pimentel, aquele mesmo que foi flagrado com a conta bancária recheada de dinheiro pago por empresários mineiros, em troca de 'palestras' que ele jamais proferiu.
     E tem mais. As ministras Gleisi Hoffmann, da Casa Civil ('lugarzinho' complicado esse, que já nos revelou as trapaças de José Dirceu, Erenice Guerra etc), e Ideli Salvatti (aquela que ocupou o ministério da Pesca e fisgou lanchas que jamais saíram do papel ou foram usadas), responsável pelas 'relações institucionais' do Governo Dilma, sejam elas - as 'relações' - o que imaginamos que podem ser.
     Lado a lado com os petistas, nessa empreitada 'democrática', outro luminar da nossa política, o deputado federal Valdemar da Costa Neto, do PR paulista, um dos quadrilheiros do Mensalão do Governo Lula, condenado à cadeia por lavagem de dinheiro e corrupção. E, afinal, mas não finalmente, o maior empresário mundial do setor de carnes, José Batista Júnior, dono do Frigorífico Friboi, filiado ao PMDB.
     Talvez não fosse preciso lembrar, mas TODOS os petistas citados serão candidatos a algum cargo ano que vem. E o PROS - é evidente! - já se declarou governista até a medula.
     Enquanto isso - reforço a essência de um texto que postei ontem -, a ex-senadora Marina Silva corre o risco, sim, de não conseguir registrar seu partido, o Rede.

     PS: Quase tudo o que foi escrito acima, em relação ao PROS, vale, também, para o novo partido Solidariedade, do deputado Paulo Pereira.

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