sábado, 31 de agosto de 2013

Pelo fim de Assad

     Sempre há algo a ser feito no mundo, incluindo intervir em países que comprovadamente solapam a democracia e promovem o assassínio de seus cidadãos. A forma de intervenção, talvez, deva ser repensada. A militar, como está sendo proposto agora pelos Estados Unidos, em relação ao governo genocida da Síria, deve ser a última, a opção quando já não há escolhas possíveis.
     Tudo, desde o início dos conflitos internos sírios, induzia a um fim trágico. Em algum momento, sabia-se, não seria mais possível admitir transgressões tão graves quanto a morte de homens, mulheres e crianças apenas e tão-somente por pertencerem a grupos rivais, que contestam o governo.
     O desastre iraquiano e o atoleiro do Afeganistão, certamente, contribuíram para a timidez americana e alimentaram a sensação de impunidade que estimulou o ditador e assassino presidente sírio, Bashar al-Assad. Além, é evidente, do peso em vidas e gastos de uma nova guerra.
     Para o bem ou para o mal - e eu acredito que, na maior parte das vezes seja para o bem -, os Estados Unidos, pelo protagonismo, não podem ficar alheios ao que ocorre no restante do mundo. A Segunda Grande Guerra e a divisão ideológica do mundo que sobreveio ao conflito soterraram a doutrina não-intervencionista, além - e também sabemos disso - dos interesses econômicos.
     Ditadores criminosos, como Assad, precisam ser lembrados, a todo momento, que não têm imunidade para cometer desatinos. Ignorar matanças, como as que ocorrem sistematicamente na África, por exemplo, é algo intolerável.
     É evidente que o papel de interventor caberia à ONU, mas esse organismo internacional vem perdendo credibilidade e força decisória. Que a intervenção seja breve, mas eficiente. E que devolva ao poivo sírio o direito de definir seu presente e orientar o futuro.

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