sábado, 10 de agosto de 2013

Lewandowski, sempre ele ...

     Essa Veja ... Lá vem a revista, de novo, mostrar bandalheiras dessa gente que está no poder há dez anos e oito meses. A matéria principal da edição desse fim de semana é destrutiva. Com base em depoimentos formais de um auditor do Tribunal Superior Eleitoral, surge, impávido colosso de adesismo e falta de compostura, o ministro-advogado da quadrilha de bandoleiros que assaltou os cofres públicos quando do episódio que ficou conhecido como Mensalão do Governo Lula.
     Ele mesmo, Ricardo Lewandowski, aquele ministro do Supremo Tribunal Federal que não podia mais ir a um restaurante sem sentir o repúdio da população. Segundo Veja, o indicado pela sra. Marisa Lula da Silva (suas famílias são amigas ...), usou seus poderes na Justiça Eleitoral, na qual também está assentado, para manipular relatórios que apontavam a roubalheira petista em 2003 (início do Mensalão) e, mais tarde, as 'traquinagens' da campanha da atual presidente da República. No primeiro caso, salvou o PT da degola, mas não conseguiu evitar a condenação posterior dos principais dirigentes.
     No segundo, talvez ainda mais grave, Lewiandowski, teria manipulado pareceres técnicos que reprovavam categoricamente as contas da campanha de Dilma Rousseff. Contas rejeitadas, não haveria a posse. Afinal, é isso que diz a lei. Como quem tem apadrinhados sempre consegue abrir caminhos na vida, os pareceres desapareceram e o Brasil continuou a ser dirigido pelo mesmo grupo que institucionalizou a devassidão nas relações entre o público e o privado.
     Alguma surpresa? De fato, nenhuma. Os escândalos são a tônica dessa lastimável Era Lula. Tão grave quanto eles - os escândalos recorrentes -, só mesmo a mobilização de todos os meios para abafá-los, cercar e proteger seus protagonistas, explorar recursos de marketing para desviar o foco da opinião pública. É desse malabarismo que ainda sobrevivem o PT e suas lideranças mais proeminentes.
     De alguma maneira, sobrevivemos a essa quadra vergonhosa da nossa história. As manifestações de junho deram o sinal de que nem tudo está perdido. Há chances de o país se reencontrar, passando, inexoravelmente, pela crítica implacável das ignomínias praticadas em nome de uma causa que se perdeu no tempo.
     Ainda bem que exercemos, por aqui, o direito à informação, à liberdade de expressão. Discussões como essa, que envolve a dignidade dos atuais governantes, são decisivas. Por isso a democracia, na sua expressão mais ampla, é tão duramente atingida nos discursos e programas do grupo político majoritário. Por isso, a luta pela censura, visível na fixação petista no tal 'controle social da mídia'.
     Mídia boa, para essa gente, é a 'ninja'. Ou a de Cuba.

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