quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A caminho da prisão

     Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT que tentou assumir toda a responsabilidade pela ladroagem no episódio do mensalão do Governo Lula, talvez esteja arrependido. Ele e seus comparsas apostaram na prevalência da tese do tal 'caixa 2', um crimezinho vagabundo que acarretaria - quem sabe? - apenas num singelo puxão de orelhas. Afinal, "todos" usariam esse artifício, segundo a versão do partido, na ânsia de nivelar por baixo o tamanho do assalto.
     A vigarice retórica não colou. Condenado à cadeia, na primeira fase do julgamento, o sofrível ex-dirigente petista viu, hoje, suas esperanças de escapar das grades ruírem. O Supremo Tribunal Federal manteve sua punição. Delúbio não contou, sequer, com a solidariedade dos dois representantes oficiais do seu partido no Tribunal, os ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, mais preocupados com o futuro que de membros mais categorizados..
     Réu confesso - acreditou nos seus mentores ideológicos -, não havia escapatória. Como "negar o que não há para negar". Até mesmo o argumento do início da pilantragem, que poderia acarretar em uma revisão da pena, foi ignorado. Prevaleceu o entendimento anterior. Delúbio vai para a cadeia, mesmo, caminho que deve ser trilhado por seus parceiros no crime, o ex-ministro José Dirceu e o ainda e inexplicavelmente deputado federal José Genoíno.
     A turma dos bancos e da agência publicitária também já deve estar separando escovas de dente para enfrentar os rigores da prisão. A lamentar, a ausência de outros notáveis, que escaparam por falta de provas materiais e uma evidente e lamentável concertação política.

    

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