quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Em má companhia

     O ministro Marco Aurélio Melo, na sua volúpia pelo protagonismo e por marcar suas diferenças com o presidente do STF, Joaquim Barbosa, aproximou-se perigosamente de dois advogados da causa dos bandoleiros petistas, os também ministros e seus colegas Ricardo Lewandoweski e Dias Toffoli. Tem sido assim, especialmente nessa fase de apreciação de recursos. Hoje, mais uma vez, estava ao lado da dupla companheira, na análise da tentativa do ex-ministro José Dirceu de evitar a cadeia.
     Não houve jeito. Para alívio da parcela decente da população brasileira, o plenário do Supremo manteve a condenação e novamente isolou o trio, obrigado a ouvir a explosão de revolta do decano da Corte, Celso de Mello, que voltou a externar seu repúdio aos que participaram do lastimável episódio do Mensalão do Governo Lula, o mais expressivo assalto institucional aos cofres públicos do País.
     Segundo Celso de Mello, o STF não estava "a impregnar a atividade política, mas a punir aqueles que, como o ora embargante, não conseguiram fazê-lo com integridade e honestidade". Não poderia ter sido mais objetivo. José Dirceu e seus asseclas agiram com desonestidade. E, por isso, merecem ir para a cadeia.

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