sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Os inimigos públicos

     O 'manifestismo' está se transformando no maior inimigo das reivindicações por mais decência e respeito na vida pública. Embora algumas cobranças sejam justas, como a que exige respostas para o desaparecimento de um operário na favela da Rocinha, a maior parte das últimas mobilizações tem gerado repulsa na média da população.
     Ninguém suporta, mais, assistir às cenas de quebra-quebra e estupidez como as que vêm se repetindo especialmente aqui no Rio e em São Paulo. Não é possível que esses desajustados que destroem obras de arte e bens públicos tenham alguma sensibilidade em relação ao momento em que vivemos. Só posso olhar para essa gente e vislumbrar inimigos a serem neutralizados, pelo mal que produzem à democracia que custamos tanto a institucionalizar.
     Se essa turma acredita que, ao destruir, está construindo alguma coisa - ou alguma candidatura, como é o que me parece -, pode esquecer. A clara afinidade desses baderneiros com determinados partidos mais prejudica do que ajuda, não tenho a menor dúvida.
     Parece, no entanto, que persiste a aposta no 'quanto pior, melhor'. Não leio ou escuto qualquer reação do PT e do PSTU, por exemplo, contra os desmandos dessas tropas de choque da ignorância, o que caracteriza um comportamento indigno, de quem tenta fingir distanciamento, mas contabiliza eventuais lucros.
     Reféns da sua própria covardia e ineptos, nossos governantes ainda não definiram a estratégia de combate ao vandalismo que vem afogando nossas principais cidades, com as seguidas exibições de intolerância, arrogância e boçalidade desses grupos extremados.

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