Dois senadores do PT (é claro!), envolvidos de algum modo
no escândalo da Operação lava-Jato, defenderam uma tese que se enquadra
perfeitamente no estelionato retórico que todos os bandoleiros e assemelhados
vêm repisando sistematicamente: com a divulgação do inacreditável balanço da
Petrobras, com a explicitação do volume do assalto, tudo estaria encerrado. “É
hora de virar a página”, disse um deles, com a desfaçatez que é comum à turma
companheira.
Segundo a teoria petista, a questão dos quase R$ 45 bilhões
de perdas da empresa (R$ 6, 2 bilhões roubados) está encerrada e que a hora é
de retomar o crescimento da empresa. Como se a responsabilidade pelo descalabro
não fosse exatamente do governo e, por consequência, do próprio partido, que
loteou e estuprou nossa maior estatal.
Essas pessoas, por palavras e atos, são basicamente
indecentes. Olham para a Nação e imaginam que é composta por imbecis, sempre abertos
a engolir sua vigarice, sem depurar. São, também por isso, ainda mais
deploráveis, pelo reducionismo de seus discursos e propostas, que seguem a cartilha
emanada pelo ex-presidente Lula, o grande mistificador.
A julgar pela reação da majoritária parcela digna dessa
Nação, a tática vagabunda da mentira repetida à exaustão está condenada. As
bravatas, os engodos e cambalachos exauriram a reserva de apoio que esse esquema
de poder amealhara ao longo dos primeiros anos de governo. A mera distribuição
de benesses já não garante a adesão das massas menos informadas.
O PT não levou em conta que há um limite para tudo. O país cansou
de ser agredido pela infâmia de dirigentes corruptos e corruptores. E ainda
estamos vivendo o limiar das investigações sobre a devastação que essa ‘Era
Lula’ causou. O tempo, ao contrário do que aconteceu na série impressionante de
escândalos anteriores (destaque para o Mensalão), não é um aliado dos
criminosos. Ao contrário. A continuidade das investigações vai selar o fim
dessa quadra infeliz da nossa história.
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