“Além das críticas a Mercadante, o ex-presidente
centrou fogo em outro ministro petista, José Eduardo Cardozo (Justiça). O
ex-presidente repetiu que ele perdeu o controle sobre a Polícia Federal e sobre
as informações relacionadas à Operação Lava-Jato”.
Esse trecho foi extraído de reportagem de O Globo sobre um encontro realizado hoje
entre a ainda presidente Dilma Rousseff e seu antecessor e criador, Luiz Inácio
Lula da Silva, certamente o personagem mais nefasto de toda a história política
brasileira, em todos os tempos. E foi escolhido por mim por ser – a meu julgamento
– emblemático.
É o que eu classifico como exemplar e
definitivo sobre a ausência de caráter público de alguém que conspurcou
indelevelmente o maior cargo da República, estabelecendo o padrão de assalto
aos cofres públicos que, iniciado no Mensalão, evoluiu para a espoliação da
Petrobras, devastada pela saga petista em busca da eternização no poder.
Esse personagem público abjeto, desprovido de
superego, não se envergonha de criticar o lastimável ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, não pela sua – dele, Cardozo – absoluta incapacidade para o cargo, mas
pelo fato de ele não ter – vejam a que ponto chega a insensatez de Lula! – ‘controlado’
a Polícia Federal e evitado a divulgação republicana dos fatos escabrosos
referentes à roubalheira petista. Como se as instituições estivessem a serviço
de partidos políticos, e não da Nação.
Mas é assim que esse grupo desqualificado pensa
e age, na tentativa de transformar o país em uma república sindicalista
bananeira, na qual vale tudo – como enfatizou a própria ainda presidente pouco
antes da última eleição – para conquistar o poder e, em especial, as enormes
vantagens oriundas desse mesmo poder. Vantagens ‘políticas’ (assim, como aspas)
e – como a Operação Lava-Jato tem demonstrado – pessoais.
Lula – e o desnudamento de sua atuação ao longo
das últimas décadas evidencia isso – está perto de encerrar seu percurso
político. Do mito criado por uma elite ‘intelectual’ obcecada pelo controle do
país, pouco ainda resta de pé. A cada semana de investigações, depoimentos,
colaborações premiadas, mais próximo fica o fim dessa era lamentável da vida
brasileira.
Torço para que o desfecho seja o mais rápido
possível, absolutamente dentro da lei. Que a quadrilha que se locupletou ao
longo dos últimos anos sucumba ao rigor da legislação. E que o Brasil consiga
se reinventar após essa tragédia que já dura quase treze anos.
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