sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Um discurso insensato

“Além das críticas a Mercadante, o ex-presidente centrou fogo em outro ministro petista, José Eduardo Cardozo (Justiça). O ex-presidente repetiu que ele perdeu o controle sobre a Polícia Federal e sobre as informações relacionadas à Operação Lava-Jato”.

     Esse trecho foi extraído de reportagem de O Globo sobre um encontro realizado hoje entre a ainda presidente Dilma Rousseff e seu antecessor e criador, Luiz Inácio Lula da Silva, certamente o personagem mais nefasto de toda a história política brasileira, em todos os tempos. E foi escolhido por mim por ser – a meu julgamento – emblemático.
     É o que eu classifico como exemplar e definitivo sobre a ausência de caráter público de alguém que conspurcou indelevelmente o maior cargo da República, estabelecendo o padrão de assalto aos cofres públicos que, iniciado no Mensalão, evoluiu para a espoliação da Petrobras, devastada pela saga petista em busca da eternização no poder.
     Esse personagem público abjeto, desprovido de superego, não se envergonha de criticar o lastimável ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não pela sua – dele, Cardozo – absoluta incapacidade para o cargo, mas pelo fato de ele não ter – vejam a que ponto chega a insensatez de Lula! – ‘controlado’ a Polícia Federal e evitado a divulgação republicana dos fatos escabrosos referentes à roubalheira petista. Como se as instituições estivessem a serviço de partidos políticos, e não da Nação.
     Mas é assim que esse grupo desqualificado pensa e age, na tentativa de transformar o país em uma república sindicalista bananeira, na qual vale tudo – como enfatizou a própria ainda presidente pouco antes da última eleição – para conquistar o poder e, em especial, as enormes vantagens oriundas desse mesmo poder. Vantagens ‘políticas’ (assim, como aspas) e – como a Operação Lava-Jato tem demonstrado – pessoais.
     Lula – e o desnudamento de sua atuação ao longo das últimas décadas evidencia isso – está perto de encerrar seu percurso político. Do mito criado por uma elite ‘intelectual’ obcecada pelo controle do país, pouco ainda resta de pé. A cada semana de investigações, depoimentos, colaborações premiadas, mais próximo fica o fim dessa era lamentável da vida brasileira.

     Torço para que o desfecho seja o mais rápido possível, absolutamente dentro da lei. Que a quadrilha que se locupletou ao longo dos últimos anos sucumba ao rigor da legislação. E que o Brasil consiga se reinventar após essa tragédia que já dura quase treze anos. 

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