Os marqueteiros
sempre de plantão no Palácio Alvorada merecem a bolada que ganham, aqui e –
ficamos sabendo no Mensalão e agora, no Petrolão – em paraísos fiscais.
Dinheiro roubado, é claro, pois a turma que está no poder há 13 anos é chegada
a uma investida nos cofres públicos, como as investigações da Operação Lava
Jato estão provando e comprovando.
Não se fala
em outro nome, no Brasil. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ainda e renitentemente
presidente da Câmara, é o grande vilão, o inimigo número um da democracia, o
ladrão por natureza, manipulador de consciências, articulador de manobras
espúrias, ameaças, favorecimentos, chantagens. E se alguém tão deplorável como
ele é a favor do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, fica
evidente que ela é a ‘mocinha’.
Esse ‘raciocínio’
– empurrado goela abaixo da população diariamente – de tão pueril, chega a ser
indecente. Mas vem dando certo, de algum modo. É essa manipulação de emoções,
um verdadeiro estelionato retórico, o único argumento dos que se alinham a esse
grupo – a tal ‘quadrilha’, a que se referiu o ex-ministro Joaquim Barbosa, quando
julgava o primeiro grande escândalo da era petista, a compra de apoios e
distribuição de dinheiro roubado durante o governo Lula.
Não há
dúvida de que Eduardo Cunha, pelo que apontam as investigações, é passível,
sim, de cassação. Também é evidente que ele usa todos os meios à sua disposição
para tentar escapar do processo que, ao fim, poderá sepultá-lo em uma cela da
Papuda, ou similar.
Mas também
é evidente, cristalino, que a ainda presidente Dilma Rousseff, por atos
executados durante o ofício, e que contrariam frontalmente a Lei, pode ser
apeada do poder, democraticamente. E não estou me prendendo, apenas, às tais ‘pedaladas
fiscais’, que afrontam a inteireza que se exige de governantes. Há, ainda, o
processo referente ao uso de dinheiro roubado da Petrobras na sua – dela, Dilma
– candidatura, que corre no TSE.
Não é pouca
coisa, meus caros (“não é ‘bolinho’”, diria uma amiga, não muito feliz com a
divulgação das vigarices oficiais). Por muito menos - muito menos, mesmo!!! -, o atual senador Fernando
Collor foi chutado merecidamente do Palácio, num processo alimentado especialmente
pelo PT, cujo candidato à presidência, Lula, fora derrotado pelo ‘caçador de
marajás’, naqueles idos de 1989.
Não houve
nada sequer parecido com o Mensalão. Petrolão? Nem de longe. O grande símbolo
da pilantragem colorida foi a compra de um modesto Fiat Elba com dinheiro de
procedência ‘duvidosa’. Hoje, aliado de seus algozes, Collor desfila pela
esplanada de Brasília a bordo de carrões dignos de um Cristiano Ronaldo e
recebe toda reverência de seus novos e fraternos amigos.
Em
contrapartida, o PT, ao longo dessa quadra trágica para a história brasileira,
teve um ex-presidente, dois tesoureiros e diversos deputados presos e
condenados. E a lista tende a aumentar exponencialmente, com o andamento das
investigações lideradas pelo determinado juiz Sérgio Moro e por uma equipe de
procuradores íntegros e imbuídos do espírito de missão. Ainda há muita podridão
escondida nos desvãos petistas e assemelhados, como vaticinam os
investigadores.
O senador
Delcídio do Amaral, por exemplo, ainda não contou o que sua mulher quer que ele
conte. O sigilo bancário e telefônico de um dos filhos de Lula só agora foi
quebrado. O conteúdo de várias colaborações premiadas ainda não foi aberto, por
envolverem políticos.
Mas só se
fala de Cunha. Os 'caras' da propaganda são bons, mesmo.
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