Uma notícia relativamente curta, num canto em uma das duas páginas
de O Globo destinadas ao noticiário
internacional, é o exemplo mais acabado de como usar a democracia para vilipendiá-la.
O Congresso venezuelano acaba de aprovar, por instância do Governo desse
inescrupuloso e boçal Nicolás Maduro, uma modificação na legislação eleitoral,
alterando a representatividade de determinadas regiões.
Em síntese, seria como dar a Roraima o direito de eleger
mais deputados do que Minas Gerais, por exemplo. Com um detalhe: desde que
Roraima fosse comprovadamente governista, é claro. É a essência do casuísmo
vagabundo, da pilantragem bolivariana tão do agrado dessa lastimável geração de
políticos que governa o Brasil há doze anos e quase quatro meses.
Maduro, embora estúpido e ignorante, sabe que perderá, em
termos absolutos, a próxima eleição, ainda indefinida. Assim como perdeu a última.
E está se preparando para manter o poder no Congresso, manipulando a realidade
e agredindo a decência, como bom seguidor de Hugo Chávez, o ainda insepulto
coronel de opereta bufa que ele, Maduro, costuma vislumbrar esvoaçando pelo
palácio ou flanando nas nuvens.
É uma tática muito semelhante à adotada em outras
republiquetas sul-americanas, como as argentina e peruana, em especial, alicerçadas
sobre a mais repugnante soma de populismo, demagogia e corrupção.
Qualquer semelhança com o Brasil de hoje não é mera coincidência.
Ao contrário. A ‘fórmula’ levada ao extremo pelo governo venezuelano está presente no imaginário e prática dos nossos atuais detentores do poder.
Impossibilitados de dominar o país apenas pela força, os ‘bolivarianos’ de
vários matizes têm se esmerado no processo de solapar as instituições,
comprando apoios e aparelhando todas as instâncias de decisão.
É o que o PT vem fazendo sistematicamente. Eleito
democraticamente, vem devastando e corrompendo nossas instituições, através de
subornos e da compra formal de consciências, mediante a oferta de cargos e/ou
do pagamento em espécie.
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