sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Pelo fim de uma tragédia

     Se alguém minimamente decente ainda tinha alguma dúvida quanto à enorme ameaça à democracia e à dignidade do país, representada por esse grupo que tomou de assalto o poder há doze anos, sete meses e quatorze dias, acredito que já não tenha. Pelo menos para isso – para dissipar qualquer resquício de inibição em relação à expectativa sobre o fim dessa era trágica da nossa história – serviram as recentes declarações de dois energúmenos, os presidentes da CUT, um tal de Wagner Freitas, e da Venezuela, o estúpido aprendiz de ditador Nicolás Maduro, em ‘defesa’ do desastrado e corrupto governo Dilma Rousseff.
     O caso do pelego da CUT, nada mais do que o braço sindical do PT, beirou a insanidade e exibiu claramente a fisionomia fascista que impera nesses grupos que dão sustentação ao projeto de poder desenvolvido pelo partido governista. A ameaça de armar exércitos de ‘trabalhadores’ e tomar as ruas, por si só, constitui-se em crime. Crime que já havia sido anunciado antes, pelo desqualificado que coordena o MST, um movimento responsável por atos que poderiam ser enquadrados facilmente na Lei de Segurança Nacional, por terroristas (invasões, assassinatos, destruição de propriedades privadas e públicas).
     O governo, corroído pelos maiores escândalos da história moderna mundial, sabe que acabou, mesmo que consiga se arrastar melancolicamente por mais algum tempo. A cada etapa da Operação Lava-Jato, menores a credibilidade e o apoio. Esse grupo – seria injusto focar apenas na figura patética da presidente -  é alvo da maior taxa de rejeição de todos os tempos. Dilma Rousseff, refém de sua constrangedora mediocridade, já não governa há muito tempo. Apenas equilibra-se no trono, escorando-se no resto de popularidade de seu mentor, o ex-presidente Lula, e na voluptuosa troca de favores e cargos com expoentes do que seria sua ‘base política’.
     Essa última tentativa de mostrar poder – estimulada, é evidente, pelas suas mais recentes canastrices (“Envergo mas não quebro”, “Tenho a legitimidade dos votos” e assemelhadas) – exibiu, apenas o grau de desespero que toma conta de todos que gravitam em torno do Palácio e que, direta e indiretamente, vêm locupletando-se das investidas vagabundas nos cofres das Nação.

     As ameaças, internas e externas, acredito, darão ainda mais combustível para a explosão de insatisfação que deve sacudir o país dia 16. Essa gente já era. Torço para que o Brasil consiga se recuperar dessa quadra trágica, colocando, num futuro próximo, seus responsáveis no devido lugar na história. Hoje, o que esse grupo merece, mesmo, é ir para a cadeia.

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