Se alguém minimamente decente ainda tinha alguma
dúvida quanto à enorme ameaça à democracia e à dignidade do país, representada
por esse grupo que tomou de assalto o poder há doze anos, sete meses e quatorze
dias, acredito que já não tenha. Pelo menos para isso – para dissipar qualquer
resquício de inibição em relação à expectativa sobre o fim dessa era trágica da
nossa história – serviram as recentes declarações de dois energúmenos, os
presidentes da CUT, um tal de Wagner Freitas, e da Venezuela, o estúpido aprendiz
de ditador Nicolás Maduro, em ‘defesa’ do desastrado e corrupto governo Dilma
Rousseff.
O caso do pelego da CUT, nada mais do que o braço
sindical do PT, beirou a insanidade e exibiu claramente a fisionomia fascista
que impera nesses grupos que dão sustentação ao projeto de poder desenvolvido
pelo partido governista. A ameaça de armar exércitos de ‘trabalhadores’ e tomar
as ruas, por si só, constitui-se em crime. Crime que já havia sido anunciado
antes, pelo desqualificado que coordena o MST, um movimento responsável por
atos que poderiam ser enquadrados facilmente na Lei de Segurança Nacional, por terroristas
(invasões, assassinatos, destruição de propriedades privadas e públicas).
O governo, corroído pelos maiores escândalos da
história moderna mundial, sabe que acabou, mesmo que consiga se arrastar
melancolicamente por mais algum tempo. A cada etapa da Operação Lava-Jato,
menores a credibilidade e o apoio. Esse grupo – seria injusto focar apenas na
figura patética da presidente - é alvo
da maior taxa de rejeição de todos os tempos. Dilma Rousseff, refém de sua
constrangedora mediocridade, já não governa há muito tempo. Apenas equilibra-se
no trono, escorando-se no resto de popularidade de seu mentor, o ex-presidente
Lula, e na voluptuosa troca de favores e cargos com expoentes do que seria sua ‘base
política’.
Essa última tentativa de mostrar poder – estimulada, é
evidente, pelas suas mais recentes canastrices (“Envergo mas não quebro”, “Tenho
a legitimidade dos votos” e assemelhadas) – exibiu, apenas o grau de desespero
que toma conta de todos que gravitam em torno do Palácio e que, direta e indiretamente,
vêm locupletando-se das investidas vagabundas nos cofres das Nação.
As ameaças, internas e externas, acredito, darão ainda
mais combustível para a explosão de insatisfação que deve sacudir o país dia
16. Essa gente já era. Torço para que o Brasil consiga se recuperar dessa
quadra trágica, colocando, num futuro próximo, seus responsáveis no devido
lugar na história. Hoje, o que esse grupo merece, mesmo, é ir para a cadeia.
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