quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Um acinte à dignidade


     Há uma evidente distorção de caráter na população brasileira, em especial naquela parte que insiste, por palavras e atos, em reverenciar os principais responsáveis por um dos atos mais indignos já perpetrados contra o País. Não há justificativa plausível para o apoio incondicional que vem sendo dado à liderança do PT que foi condenada pelo assalto aos cofres públicos realizado no primeiro governo Lula e que ficou conhecido como Mensalão.
     Os números da campanha de arrecadação de fundos para pagar as multas impostas pelo Supremo Tribunal Federal aos bandoleiros petistas são indecorosos, além de afrontosos à própria Justiça. É uma espécie de aviso, um salvo-conduto para a pilantragem, para as roubalheiras. Todo e qualquer petista ficou sabendo, sem sombra de dúvida,  que pode roubar à vontade, desviar dinheiro de toda as fontes para alimentar o projeto hegemônico que ameaça, sim, as instituições. Preferencialmente, sem que seja descoberto.
     As doações são legais, e isso é indiscutível. Em uma democracia, o livre arbítrio é uma das conquistas irrefutáveis. O anonimato também é garantido, mas tudo deve ficar muito bem explicado nas declarações de renda. Particularmente, não tenho interesse algum em saber quem participou da 'vaquinha'. Mas faço questão absoluta de saber que a Receita Federal fiscalizou tudo e a todos.
     A lamentar profundamente, tomo a liberdade de insistir, a desfaçatez com que o único poder nacional ainda relativamente sério e independente - a Justiça, representada basicamente pelo STF - vem sendo achincalhado e desmoralizado pelos que orbitam o Executivo.
     Essas doações calamitosas são apensas uma parte de um processo ainda mais malévolo, que inclui a indicação de ministros comprometidos com ideologias, e não com a salvaguarda da Constituição.

Um comentário:

  1. O curto espaço de tempo e o impressionante volume da arrecadação indicam que o que houve foi mais uma grande operação de la vagem de dinheiro.

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