quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Uma terefa partidária

     Já escrevi algumas vezes que tenho um sistema alternativo para me orientar em relação a determinados assuntos, antes de avaliar melhor o tema. De imediato, procuro ver quem está a favor. Se o PT está apoiando, imagino, no mesmo momento, que serei contra. Essa fórmula tem dado certo em 99,9% dos casos. A presença do governo e de seus acólitos em debates, projetos, resoluções, programas e quetais normalmente não cheira bem. Há sempre (ou quase sempre) algo de pernicioso para a comunidade, algo envolto em armações com não muita dignidade.
     Vimos isso, claramente, ao longo do julgamento dos quadrilheiros do Mensalão do Governo Lula, quando dois militantes petistas, inacreditavelmente togados - Ricardo Levandovski e Dias Toffoli - lideraram todas as manobras imagináveis na tentativa de libertar seus companheiros. De tão indecorosos que foram, quase não podiam frequentar locais públicos, hostilizados que sempre eram pela parcela decente da população.
     Hoje, Veja nos traz mais um episódio dessa inacreditável tarefa da turma togada do PT. No caso, o ex-advogado do partido e secretário particular de ninguém menos do que o ex-ministro José Dirceu, condenado por, entre outras coisas, chefiar o bando que assaltou os cofres públicos da nossa sofrida Nação.
     Pois Toffoli armou - e quase se deu bem - uma maneira de burlar a vontade popular e deu um jeito de retirar do Ministério Público o direito de investigar crimes eleitorais, justamente em um ano de eleições. Ele, certamente, sabe o que está querendo: hegemônico e capaz de tudo para alcançar seus objetivos (o Mensalão está aí para provar essa afirmação), o PT seria o alvo natural dos procuradores e promotores , não tenho a menor dúvida.
      Mais pode transgredir, quem mais poderes tem, é óbvio. E Toffoli, fiel ao partido e agradecido, pelo que transparece, à indicação para a mais alta Corte do País, embora tenha sido reprovado em alguns concursos para juiz, cumpre sua tarefa, como bom estafeta.
     Resta a indignação da ala sensata do país, que promete reagir a mais essa tentativa de dar um jeitinho no processo destinado a abrir mais caminhos ao domínio que o PT pretende impor a todo o país.

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