sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

As bestas coreanas

     A grande questão em torno do 'método' usado pelo assassino coreano Kim-Jong Un para matar seu tio e primeiro fiador político vai além da barbaridade. É claro que a possibilidade de alguém ser atirado vivo para ser devorado por cães famintos, levantada por um jornal chinês, é assustadora. Ninguém minimamente civilizado deixaria de se chocar com tamanha bestialidade, que já está sendo ponderada.
     Mas a questão, insisto, não é essa, e sim o fato de essa versão (seja verdadeira, ou não) ter encontrado tanta receptividade, ter sido aceita por grande parte do mundo. Embora abjeta, a possibilidade de o ditador coreano do norte ter usado cães para assassinar seu tio é plausível. Assusta, mas não espanta.
     Aliás, tudo é possível nesse país miserável, dominado por uma elite militar genocida, como - e a história está aí para nos mostrar isso - todas as nações que foram e ainda são oprimidas em nome de um regime desastroso.
     A Coreia do Norte repete modelos e crimes cometidos ao longo do século passado nas entranhas da extinta União Soviética e da China, ambas 'comunistas', e da Alemanha nazista. Ao promover a morte em massa de seus próprios cidadãos, se aproxima do padrão stalinista, ainda venerado - inacreditavelmente! - em alguns países.

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