quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Desfaçatez e arrogância

     Não sei se é desfaçatez ou arrogância. É provável que seja as duas coisas. Não há outra explicação para a visita que o arruaceiro José Rainha Júnior, envolvido em desvio de dinheiro de assentamentos e porte ilegal de armas, fez ao ainda deputado federal João Paulo Cunha, do PT paulista, prestes a ser preso pelos atos indignos cometidos no lastimável episódio do Mensalão do Governo Lula, o maior assalto institucional aos cofres públicos da nossa história.
     Em casos assim, o mínimo que se espera de um criminoso condenado é que mantenha o recato e evite situações que possam provocar maiores celeumas. Não foi o que aconteceu. Repórteres que mantinham plantão na portaria do prédio onde João Paulo Cunha Mora, em Brasília, contam que ouviam as conversas, as risadas.
     Ao sair, Rainha, esse expoente do niilismo político nacional, personagem com diversas passagens por delegacias, teve a ousadia de ofender o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, com acusações repletas de preconceito.
     Quase ao mesmo tempo, dois outros deputados petistas também estiveram com ex-presidente da Câmara, prestando solidariedade. Não há dúvida: essas pessoas se merecem, inteiramente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário