sábado, 18 de janeiro de 2014

As faces do atraso e do rancor

     Ressalvo que é muito difícil optar por dois ou três nomes no rosário de nulidades, demagogos, proselitistas e estelionatários ideológicos nesse lastimável ministério da sofrível (para usar uma expressão amena, em respeito ao cargo) presidente Dilma Rouseff.
     Em poucos lugares do mundo, em todos os tempos, terá sido possível reunir, num grupo de primeiríssimo escalão, personagens como Fernando Pimentel (aquele que recebeu uma fortuna para não fazer palestras), Aloísio Mercadante (apontado como um dos chefes dos 'aloprados', turma que comprava e divulgava dossiês falsos sobre adversários), Ideli Salvati (a que comprou embarcações que jamais saíram do papel e/ou dos estaleiros), José Eduardo Cardozo (o defensor perpétuo dos mensaleiros e repassador de informações reservadas para jornalistas amigos) e Marco Aurélio Garcia (aquele que comemorou com gestos pornográficos um detalhe técnico, em meio ao luto das famílias de duas centenas de mortos no desastre com um avião da TAM, em Congonhas).
     Mas esses - embora tudo possa indicar - não são exatamente os piores. Não podemos, jamais, esquecer que Gilbeto Carvalho e Maria do Rosário são a cara 'ideológica' mais evidente desse governo. A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, em especial, é a face do ódio, do rancor, do stalinismo mais radical, da inconsistência. Com a desfaçatez ideológica que só os mais radicais possuem, é certamente a mais demagógica representação do atraso político.
     O mundo, para ela, estacionou nos anos 1960, quando ainda era possível acreditar em algo que viesse das bandas soviéticas. Olho para ela e vejo uma personagem estereotipada, com aquela expressão de comissária do povo ou uma agente da 'revolução cultural' maoísta, sempre disposta a queimar livros e apagar ideias que não se ajustem ao pensamento 'revolucionário' - se é que podemos chamar de pensamento.
     Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, pouco mudou desde os tempos em que - segundo os irmãos do prefeito petista assassinado Celso Daniel - era o encarregado de recolher a propina cobrada de empresas de ônibus paulistas que ajudou a movimentar a campanha vitoriosa do ex-presidente Lula, em 2002. É o estafeta do partido, a 'mula' usada para carregar e distribuir uma ideologia estúpida, movida pelo endeusamente do grande timoneiro de Garanhuns.
     Entre os piores, esses dois são, não há como negar, os mais lastimáveis retratos de um dos piores momentos da nossa história. Um momento de retrocesso intelectual, de atraso político, de rancores mal-disfarçados.

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