sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Boçalidade à moda venezuelana

     Não gostaria de ser injusto, mas só encontrei uma referência enérgica e coerente, do digno deputado Roberto Freire, a mais essa decisão estapafúrdia do lastimável governo venezuelano: a partir de agora, as forças policiais e militares estão autorizadas a usar armas letais para conter manifestações populares. É isso mesmo: a quadrilha bolivariana está autorizada a matar adversários políticos, formalmente. Algo como liberar as Polícias Militares dos estados brasileiros a mandar bala, mesmo, não essas de borracha, nos que reclamam do aumento das passagens de ônibus, por exemplo.
     E não há uma voz isolada, que seja, dos chamados ‘movimentos sociais’, contra essa nova demonstração de boçalidade desse que é um dos mais estúpidos governantes mundiais de todos os tempos.  Imaginemos, para efeito de discussão, que a polícia inglesa saísse por Londres fazendo tiro ao alvo em terroristas. O mundo desabaria. OAB, MST, UNE (isso que sabemos que é, hoje, essa instituição que já teve dignidade, no passado) e assemelhados iriam para a frente da embaixada dispostas a retaliar.
     Políticos queridinhos de uma massa descerebrada distribuiriam manifestos irados pela internet. O governo talvez ousasse, até, chamar nosso embaixador na terra da rainha para consultas, assim como fez, demagogicamente, no caso da recente execução de um traficante brasileiro.
     Maduro, no entanto, pode tudo, mesmo quando atropela os mínimos direitos ainda à disposição do povo venezuelano. “Mas ele foi eleito democraticamente”, certamente argumentariam alguns desajustados ideológicos, como se uma eleição desse, ao eleito, carta branca para atropelar a decência, manipular, comprar apoios, coagir juízes, usar a democracia para solapá-la.
     Assim como devastou a economia e a decência brasileiras, nosso governo vem se caracterizando por apoiar o que há de pior no mundo, os governantes mais medíocres, ineficientes, corruptos e ditatoriais, como os venezuelano, argentino e cubano, para ficarmos apenas em exemplos aqui nas redondezas americanas.



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