Não posso
garantir quem foi o autor da observação, perfeita. Se Rodrigo Cobra ou Gustavo
de Almeida, amigos além do Facebook. Acho que foi uma criação conjunta.
Confesso que gostaria de ter tido a rapidez de raciocínio deles para definir,
em uma palavra, a vigarice supostamente analítica de uma enorme gama de
desclassificados apoiadores de terroristas: “mas”. Perfeito.
Se alguém
decente se depara com o uso da conjunção adversativa em um texto sobre o ataque
terrorista à democracia, pode ter certeza de que o autor do texto é um
vagabundo ideológico, um daqueles seres desprezíveis que vicejam nos regimes
viciados, corruptos e corruptores, como o nosso atual.
Tudo o que
eles supostamente condenam nas quatro ou cinco primeiras linhas serve, apenas,
para dar substância ao estelionato ‘intelectual’ que invariavelmente se segue.
O uso do ‘mas’ é a prova irrefutável da cumplicidade, da tolerância com o
crime, da insanidade que marca um grupo que se propõe à frente dos demais. Um
grupo – e isso é uma constatação, não uma ilação – invariavelmente ligado ao
atual esquema de poder.
É –
guardadas as proporções – o mesmo artifício caolho que essa gente usa quando
acuada pela profusão de escândalos nessa lastimável era que entra no seu décimo-terceiro
ano. “Mas isso sempre aconteceu”, repetem os vigaristas ao serem esmagados pela
roubalheira geral e irrestrita espalhada por todos os cantos dos últimos
governos.
O ‘mas’,
como bem registraram Rodrigo e Gustavo, é a bengala dos coniventes com os
desatinos nacionais e internacionais. É nesse monossílabo simples e corriqueiro
que reside toda a base da sua argumentação, quase sempre montada em bases
irreais, números que não resistem a um escrutínio, fatos distorcidos.
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