sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Brasil e Argentina, tudo a ver!

     Há quem esteja indignado com o estelionato ideológico praticado, em especial, nessa última eleição, pela presidente Dilma Rousseff, seu (?) partido e a tal base aliada. Pessoas que, de alguma maneira, por algum motivo, não acreditavam que os atuais detentores do poder pudessem ser tão politicamente canalhas a ponto de mentir descaradamente, de alterar dados, maquiar números, mistificar. É evidente que eu não estava entre eles.
     Qualquer pessoa minimamente esclarecida, razoavelmente informada e liberta das amarras de uma cegueira irreversível saberia que os poderosos de hoje são capazes de tudo para se manter à frente do país. A própria presidente reeleita, num de seus momentos de improviso, disse, textualmente, que vale tudo em uma eleição. E foi o que ela e seus ... seguidores fizeram.
     Não ‘apenas’ demonizaram a candidata adversária Marina Silva, de uma forma abjeta, covarde, desqualificada, mas apelaram para acusações sórdidas contra o senador Aécio Neves, sempre de maneira ‘indireta’. O ex-presidente Lula, por exemplo, um devasso moral (tentou estuprar um jovem preso, quando esteve detido no DOPS paulista, segundo denúncia jamais desmentida formalmente por ele, oriunda de um dos fundadores do PT, Cid Benjamim) e político, estimulava, com ‘risinhos’, a claque que apontava o senador como usuário de cocaína.
     Mexer na legislação trabalhista e aumentar os juros, no entanto, são pequenos ‘delitos’, se comparados aos desatinos cometidos ao longo dos últimos doze anos, em nome de uma causa que não se sustenta, por desmentida por uma prática deletéria de assaltos aos cofres públicos, que parece ter chegado ao cume nessa escandalosa devastação realizada na Petrobras. Parece, apenas. Há quem afirme que o grosso da roubalheira ainda está oculto nos financiamentos públicos, que movimentam, aí, sim, incontáveis bilhões de reais.
     Algo muito semelhante ocorre na nossa vizinha Argentina, cujo poder vem sendo ocupado por uma lastimável dinastia apontada como avassaladoramente corrupta. Há relatos, entre os quais o de uma ex-amante e ex-secretária (não necessariamente nessa ordem) do presidente morto Nestor Kirchner, de cofres imensos abarrotados de ouro e dólares.
     Mas nada disso se compara às versões ‘oficiais’ sobre o assassinato do promotor Alberto Nismam, às vésperas de ele divulgar formalmente as evidências que coletou sobre a participação dos Kirchner no processo de abafar as investigações sobre o atentado terrorista que matou 85 pessoas em Buenos Aires, em 1994, praticado por criminosos ligados a facções extremistas do Islã. Tudo para agradar ao governo do Irã, de onde teriam saído os terroristas, um parceiro fundamental para equilibrar as combalidas finanças argentinas.
     Lá, como aqui, bandos de degenerados ideológicos agridem a inteligência e a decência humanas, endossando teses estapafúrdias que parecem ter saído de um marqueteiro petista. É inacreditável como alguém, com alguma decência intelectual, pode aceitar a teoria palaciana de que os “inimigos” da presidente usaram o promotor e decidiram matá-lo, quando já não teria mais serventia.
     É mais ou menos o que acontece por aqui, quando vozes teoricamente dignas (apenas teoricamente) apoiam um governo dominado por uma quadrilha claramente corrupta e corruptora e ‘acreditam’ no tal do “eu não sabia de nada”.


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