Há quem
esteja indignado com o estelionato ideológico praticado, em especial, nessa
última eleição, pela presidente Dilma Rousseff, seu (?) partido e a tal base
aliada. Pessoas que, de alguma maneira, por algum motivo, não acreditavam que
os atuais detentores do poder pudessem ser tão politicamente canalhas a ponto
de mentir descaradamente, de alterar dados, maquiar números, mistificar. É
evidente que eu não estava entre eles.
Qualquer
pessoa minimamente esclarecida, razoavelmente informada e liberta das amarras
de uma cegueira irreversível saberia que os poderosos de hoje são capazes de
tudo para se manter à frente do país. A própria presidente reeleita, num de
seus momentos de improviso, disse, textualmente, que vale tudo em uma eleição.
E foi o que ela e seus ... seguidores fizeram.
Não ‘apenas’
demonizaram a candidata adversária Marina Silva, de uma forma abjeta, covarde,
desqualificada, mas apelaram para acusações sórdidas contra o senador Aécio
Neves, sempre de maneira ‘indireta’. O ex-presidente Lula, por exemplo, um
devasso moral (tentou estuprar um jovem preso, quando esteve detido no DOPS paulista,
segundo denúncia jamais desmentida formalmente por ele, oriunda de um dos fundadores do PT, Cid Benjamim) e político,
estimulava, com ‘risinhos’, a claque que apontava o senador como usuário de
cocaína.
Mexer na
legislação trabalhista e aumentar os juros, no entanto, são pequenos ‘delitos’,
se comparados aos desatinos cometidos ao longo dos últimos doze anos, em nome
de uma causa que não se sustenta, por desmentida por uma prática deletéria de
assaltos aos cofres públicos, que parece ter chegado ao cume nessa escandalosa
devastação realizada na Petrobras. Parece, apenas. Há quem afirme que o grosso
da roubalheira ainda está oculto nos financiamentos públicos, que movimentam,
aí, sim, incontáveis bilhões de reais.
Algo muito
semelhante ocorre na nossa vizinha Argentina, cujo poder vem sendo ocupado por
uma lastimável dinastia apontada como avassaladoramente corrupta. Há relatos,
entre os quais o de uma ex-amante e ex-secretária (não necessariamente nessa
ordem) do presidente morto Nestor Kirchner, de cofres imensos abarrotados de
ouro e dólares.
Mas nada
disso se compara às versões ‘oficiais’ sobre o assassinato do promotor Alberto
Nismam, às vésperas de ele divulgar formalmente as evidências que coletou sobre
a participação dos Kirchner no processo de abafar as investigações sobre o
atentado terrorista que matou 85 pessoas em Buenos Aires, em 1994, praticado
por criminosos ligados a facções extremistas do Islã. Tudo para agradar ao
governo do Irã, de onde teriam saído os terroristas, um parceiro fundamental
para equilibrar as combalidas finanças argentinas.
Lá, como
aqui, bandos de degenerados ideológicos agridem a inteligência e a decência
humanas, endossando teses estapafúrdias que parecem ter saído de um marqueteiro
petista. É inacreditável como alguém, com alguma decência intelectual, pode aceitar
a teoria palaciana de que os “inimigos” da presidente usaram o promotor e
decidiram matá-lo, quando já não teria mais serventia.
É mais ou
menos o que acontece por aqui, quando vozes teoricamente dignas (apenas
teoricamente) apoiam um governo dominado por uma quadrilha claramente corrupta
e corruptora e ‘acreditam’ no tal do “eu não sabia de nada”.
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