terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Um discurso muar

     Não tenho a menor dúvida em afirmar – com base no seu ‘histórico’ (há quem diga folha corrida) - que o ex-ministro e ex-seminarista Gilberto Carvalho, aquele que trocou Deus por Lula, é um dos personagens mais nefastos da vida pública brasileira. Nos últimos doze anos, esteve sempre a postos para exercer os papéis mais vagabundos, verbalizar o que até mesmo seu mestre não tinha a coragem de sustentar, atacar dignidades, mentir, promover o ódio.
     ‘Rebaixado’ para um salário de algo em torno de R$ 40 mil mensais para participar de uma dessas vigarices companheiras (vai ‘presidir’ o Conselho de Administração do SESI), manteve o ... digamos ... discurso que faz dele uma das estrelas petistas. O Globo de hoje conta que ele, em reunião do PT, ontem, defendeu veementemente o presidiário e seu ex-parceiro de governo José Dirceu, envolvido em mais uma pilantragem.
     Sem medo de ofender seu antigo ‘líder’ e terminar no inferno, mergulhou de cabeça em diversos pecados capitais.  Segundo ele, Dirceu, apanhado, agora e também, na rede de corrupção tecida em torno das empresas que trabalhavam para a Petrobras, é uma vítima da oposição, assim como foi no caso do Mensalão do Governo Lula, que continua dizendo que jamais existiu. Ainda exortou seus correligionários a investirem contra o que chama de ‘grande mídia’, que seria responsável pela divulgação de calúnias.
     É esse tipo de gente que comanda o país, formal e/ou informalmente. Alguém que foi acusado diretamente de ser o encarregado de transportar dinheiro extorquido de empresas de ônibus do interior paulista, no início dos anos 2000. A ‘mula’ que levava para o partido, em seu Fusca, o produto do assalto realizado por prefeituras petistas e que foi usado em campanhas eleitorais, inclusive a do ex-presidente Lula. O homem que os irmãos do prefeito Celso Daniel, assassinado em 2002 afirmam estar envolvido no crime, executado para silenciá-lo quando decidiu dar um basta na roubalheira, no momento em que ela – a bandalheira - passou a encher também bolsos particulares, além dos cofres petistas.
     Para esse personagem político catastrófico, o assalto à Petrobras é uma invenção da oposição, como o fora o Mensalão. Ao se despedir do ministério, ousou gritar que não eram ladrões, e que se orgulhava de pertencer à ‘quadrilha’ que vinha melhorando o país. No seu discurso de ontem, odioso, repetiu essas insanidades, acrescentado que tudo não passa de uma campanha para impedir a volta de Lula à presidência.

     Merece cada centavo do que vai ganhar. 

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