quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Ela é a cara da cultura

     Não conheço a nova secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, a professora Ivana Bentes. Ainda bem. Essa senhora, de acordo com reiterados atos e palavras, deve ser uma das campeãs nacionais em demonstrações de estupidez e desvio ideológico. Há um ano e meio, alinhou-se aos vagabundos autodenominados Black Blocs e defendeu, ardorosamente, a boçalidade expressa nas nossas ruas e avenidas, incluindo, nesse pacote, uma violenta campanha contra a liberdade de imprensa, disfarçada como crítica ao que essa gente chama de grande mídia.
     Para ela, parceira da foragida arruaceira Sininho, o caminho do jornalismo passaria pela extinção dos jornais e revistas com algum conteúdo, defensora ardorosa que é de uma tal de mídia que podemos chamar de ‘ninja’, seja lá o que sabemos que isso é, de fato.  Não seria necessário dizer que é, também e principalmente, uma exaltada militante petista. O perfil que emerge de sua ‘trajetória ideológica’ não deixa dúvidas.
     Por tudo isso, pode-se depreender que é a pessoa indicada para participar de mais um desgoverno. Tem o arcabouço intelectual e filosófico perfeito, adequado à nulidade que emana da presidência. O que mais me assusta, no entanto, é seu – digamos – ‘histórico profissional’ recente. Essa senhora foi diretora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. E, segundo os padrões vigentes, teria todas as prerrogativas necessárias para presidir o sindicato da classe.
     É isso mesmo: ela era a responsável pela formação das novas gerações de jornalistas, profissão que ela certamente odeia, pois militava pelo seu fim. Ou pela sua ‘reestruturação’ nos moldes petistas, adequada ao tal controle social da mídia sonhado por esses fascistas travestidos de revolucionários.
     Esse é o tipo de militante ‘intelectual’ que pulula na área das ciências sociais, que deveriam ser, naturalmente, libertárias, democráticas. Infelizmente para esse nosso sofrido e tripudiado país, nossos ‘cientistas sociais’ gostam, mesmo, é do modelo cubano de liberdade, do antigo jeito soviético de governar. Têm ‘esgares’ com os talibãs. Sonham com os momentos gloriosos da ‘verdade’ expressa no antigo Pravda. Adorariam editar por aqui algo semelhante ao cubano Granma, o jornaleco dos irmãos Castro que o povo usa para fins menos (?) nobres, em função da escassez de papel higiênico.
     É inacreditável. Como é que alguém com essa folha pregressa pode ser indicada para o Ministério da Cultura? Só mesmo em um governo que recomeça, agora, como começou, há quatro anos: desmoralizado por denúncias de escândalos e ameaçado de ter seus dias interrompido por processos criminais.
     PS: O Globo de hoje também destaca que essa militante da intolerância criticou a presidente Dilma Rousseff, há algum tempo. 'Críticas à esquerda',´é claro, como diria um velho amigo. 


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