Para quem
tem memória ‘curta’ (seletiva?) ou não lembra, mesmo, aí vai uma ‘releitura’ da
frase do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre a inclusão de seu nome em uma
lista de beneficiados pela roubalheira petista na Petrobras: quando ele se
refere a uma “alopragem”, está se remetendo à classificação feita pelo então
presidente Lula dos responsáveis pela compra e produção de dossiês falsos
contra adversários políticos.
Na ocasião,
Lula, já espremido na parede pelo escândalo do Mensalão, disse que essa compra
só poderia ter sido feita por “aloprados”. Eduardo Cunha não desceu a detalhes,
mas todos os que acompanharam minimamente aqueles momentos sabem que o atual
ministro Aloísio Mercadante, senador à época, foi apontado como ‘mentor intelectual’
da patranha, quando se descobriu que um de seus assessores tinha intermediado a
pilantragem.
Assim, de maneira
‘diretamente indireta’, Cunha aponta o dedo para o homem forte dessa segunda
administração Dilma Rousseff, responsável pelas ‘articulações’ destinadas a
definir o futuro presidente da Câmara, cargo pleiteado pelo peemedebista.
Mais uma
luta ‘intestina’ (afinal, PT e PMDB são praticamente siameses), provavelmente
capaz de produzir descargas imprevisíveis. Não podemos esquecer que foi por
causa de uma briguinha entre iguais (Roberto Jéfferson e José Dirceu, ambos condenados) que
explodiu o Mensalão.
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