terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Lavanderia de mentes sujas

     Para quem tem memória ‘curta’ (seletiva?) ou não lembra, mesmo, aí vai uma ‘releitura’ da frase do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre a inclusão de seu nome em uma lista de beneficiados pela roubalheira petista na Petrobras: quando ele se refere a uma “alopragem”, está se remetendo à classificação feita pelo então presidente Lula dos responsáveis pela compra e produção de dossiês falsos contra adversários políticos.
     Na ocasião, Lula, já espremido na parede pelo escândalo do Mensalão, disse que essa compra só poderia ter sido feita por “aloprados”. Eduardo Cunha não desceu a detalhes, mas todos os que acompanharam minimamente aqueles momentos sabem que o atual ministro Aloísio Mercadante, senador à época, foi apontado como ‘mentor intelectual’ da patranha, quando se descobriu que um de seus assessores tinha intermediado a pilantragem.
     Assim, de maneira ‘diretamente indireta’, Cunha aponta o dedo para o homem forte dessa segunda administração Dilma Rousseff, responsável pelas ‘articulações’ destinadas a definir o futuro presidente da Câmara, cargo pleiteado pelo peemedebista.
     Mais uma luta ‘intestina’ (afinal, PT e PMDB são praticamente siameses), provavelmente capaz de produzir descargas imprevisíveis. Não podemos esquecer que foi por causa de uma briguinha entre iguais (Roberto Jéfferson e José Dirceu, ambos condenados) que explodiu o Mensalão.


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