quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A vaca está indo para o brejo ...

     Um dos empresários presos na Operação Lava-Jato resolveu se defender, explicando como funcionava o esquema de assalto aos cofres da Petrobras. Contou que era extorquido por agentes petistas e que o dinheiro era direcionado às campanhas companheiras.
     Será que alguém tinha alguma dúvida? Esse esquema é uma versão mais 'sofisticada' do Mensalão do Governo Lula, até então o maior assalto aos cofres públicos já registrado na nossa história. O governo petista, através da Petrobras, 'pagava' a mais por obras e serviços e as empresas contratadas 'devolviam' o tal excedente, em forma de contribuição aos partidos da tal base governista, esse lixo que sabemos que é.
     Em síntese: eles, petistas e afins, roubavam o país, como vêm fazendo há doze anos, mas de uma forma que imaginavam que jamais seria descoberta, pois envolta em ares 'legais', as tais doações. A princípio, o esquema parecia imperceptível. Tanto que, ao que sugerem notícias que circulam em várias dimensões, teriam rendido uma promoção invejável ao seu possível ‘criador’, o ex-chefe de arrecadação da campanha da presidente Dilma Rousseff.
     Mais uma vez, no entanto – para sorte desse país tão ultrajado nos últimos tempos -a quadrilha tropeçou nos seus próprios tornozelos, com a prisão do doleiro e dos operadores oficiais petistas, e em um juiz corajoso e independente, o paranaense Sérgio Moro, que não se dobrou às ameaças e campanhas sórdidas que foram despejadas sobre ele. Aliás, um comportamento tipicamente petista, a se levar em conta o que houve com o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa.
     Para gáudio da parte decente dessa nação, os bandidos presos, ao contrário do que aconteceu no Mensalão, decidiram contar o que sabem, para escapar da cadeia. O ‘fantasma’ do publicitário mineiro Marcos Valério, acorrentado a quase 40 anos de prisão, deve ter assombrado os quadrilheiros, algo que os mentores do assalto não imaginavam que poderia acontecer.
     A canalhice é tão estonteante que desestabilizou a procuradoria geral da República, propensa, no começo, a olhar a bandalheira com certa leniência. Outro fator fundamental tem sido a determinação do juiz Sérgio Moro em responsabilizar os donos de empresas envolvidas na roubalheira. Assustados com a possibilidade real de trocarem suas suítes cinematográficas pelos catres de presídios federais nos próximos anos, os magnatas parceiros do PT estão começando a esbravejar.
     Afinal, estavam levando vantagem, sim, ao dividirem o grande bolo das obras federais, sempre superfaturadas ou aditivadas. Mas estavam jogando o jogo proposto pelo governo e pelos que gravitam em torno do projeto de poder atual, que se locupletavam direta e indiretamente.
     E o que sabemos, até agora, é apenas uma pequena mostra do que virá com o prolongamento das investigações e a formalização das acusações, que envolverão algumas dezenas de cabeças coroadíssimas dessa lastimável república petista. A vaca não apenas está tossindo. Está indo para o brejo ...

     E ainda há quem defenda essa corja.

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