terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Uma noite 'nojenta'

     Senti muita vergonha, hoje à noite, assistindo às cenas lamentáveis reproduzidas pelo Jornal Nacional. Cenas repugnantes, que só atestaram o quanto nosso país está envolvido em um lamaçal infindável. Depondo na CPI mista que apura as bandalheiras ocorridas na Petrobras, o ex-diretor da nossa maior empresa, Paulo Roberto Costa, o ‘Paulinho’, como era chamado por sua amiga, a presidente Dilma, afirmou que alertara o Governo sobre o que estava acontecendo, por estar “enojado”.
     Vejam bem. O amigo da presidente, que o convidou para o casamento da filha, estava com nojo da roubalheira da qual participava e tentou, segundo alegou, dar um fim ao assalto aos cofres da empresa. Pelo que estamos começando a saber, não obteve muito sucesso. Só ele, um criminoso confesso de nível médio, amealhou inacreditáveis R$ 250 milhões. Uma parcela ínfima do que o PT e seus asseclas arrecadaram para financiar campanhas – entre elas a da presidente Dilma Rousseff - e bolsos companheiros, de acordo com as denúncias aceitas pela Justiça Federal.
     Em dado momento, instado por um deputado da oposição, ‘Paulinho’ confirmou um número que anda apavorando os círculos governamentais: em torno de três dezenas de deputados federais receberam dinheiro roubado. Todos da tal ‘base aliada’, destaque para PT, PP e PMDB. Isso, sem falar nos senadores e governadores da mesma quadrilha.
     Ainda não refeito desse espetáculo devastador, assisti à luta de PT e PMDB, em especial, para espoliar a dignidade nacional, impondo alterações na Lei para possibilitar ao Governo mascarar a pilantragem praticada com o dinheiro público ao longo do ano, não por acaso um ano eleitoral. Unidos, petista e assemelhados exibiram outra coesão, ao expulsarem manifestantes das galerias do Senado, sob a batuta de Renan Calheiros, o homem de Dilma no Senado.

     Assalto, corrupção, desvio de dinheiro, compra de consciências e teclados. É inacreditável que ainda existam pessoas razoavelmente dignas que defendem essa corja.

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