quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A omissão dos asseclas

     Vários amigos, decentes, têm questionado o eloquente silêncio dos chamados ‘movimentos sociais’ e das entidades ‘representativas da sociedade’, como OAB, ABI e assemelhadas, em relação aos desatinos protagonizados pela quadrilha que vem assaltando os cofres e a dignidade nacionais há doze anos. Infelizmente, é semelhante à covardia dos defensores desses meliantes, que guardaram sua ‘indignação’ e brados retumbantes no fundo das gavetas, muitas delas entulhadas com parte do dinheiro sujo roubado do país.
    A desfaçatez dessa gente que se omite ou procura derivativos para sua canalhice interior é assustadora. Não têm, sequer, coragem de atacar o que classificam de ‘imprensa golpista’, pelo ridículo. Estão, quase todos, acuados, quietos, envolvidos no esquema que aposta no tempo, na desinformação da maior parte da população e na devassidão da classe política como determinantes para aplacarem a ira da parcela digna da Nação.
     É assustador que protagonistas de parte razoável da sociedade, com responsabilidade em relação ao país, assumam um comportamento tão deletério. Alguns assistem ao maior espetáculo de pilantragem de toda a nossa história e fingem que tudo não passa de ‘coisas da oposição’, ecos das eleições, choro de perdedores. São tão nefastos quanto os que militam na linha de frente da roubalheira.

     Cínicos, há os que acenam com supostos passados de luta, esquerdismos de botequim, para justificar a conivência com um esquema de poder comprovadamente corrupto e corruptor. Outros não se envergonham de acenar com graçolas destinadas ao riso fácil dos canalhas, como se tudo não passasse de uma marola, de alguma coisa que sempre houve nesse país. 
     É inaceitável que alguém, com mediana decência, se omita face aos descalabros do esquema palaciano destinado à manutenção do poder. 

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