Vários amigos, decentes, têm questionado o eloquente
silêncio dos chamados ‘movimentos sociais’ e das entidades ‘representativas da
sociedade’, como OAB, ABI e assemelhadas, em relação aos desatinos protagonizados
pela quadrilha que vem assaltando os cofres e a dignidade nacionais há doze
anos. Infelizmente, é semelhante à covardia dos defensores desses meliantes,
que guardaram sua ‘indignação’ e brados retumbantes no fundo das gavetas,
muitas delas entulhadas com parte do dinheiro sujo roubado do país.
A desfaçatez dessa gente que se omite ou procura derivativos
para sua canalhice interior é assustadora. Não têm, sequer, coragem de atacar o
que classificam de ‘imprensa golpista’, pelo ridículo. Estão, quase todos, acuados, quietos, envolvidos no esquema que aposta no tempo, na desinformação da
maior parte da população e na devassidão da classe política como determinantes
para aplacarem a ira da parcela digna da Nação.
É assustador que protagonistas de parte razoável da
sociedade, com responsabilidade em relação ao país, assumam um comportamento
tão deletério. Alguns assistem ao maior espetáculo de pilantragem de toda a
nossa história e fingem que tudo não passa de ‘coisas da oposição’, ecos das
eleições, choro de perdedores. São tão nefastos quanto os que militam na linha
de frente da roubalheira.
Cínicos, há os que acenam com supostos passados de luta,
esquerdismos de botequim, para justificar a conivência com um esquema de poder
comprovadamente corrupto e corruptor. Outros não se envergonham de acenar com graçolas destinadas ao riso fácil dos canalhas, como se tudo não passasse de uma marola, de alguma coisa que sempre houve nesse país.
É inaceitável que alguém, com mediana
decência, se omita face aos descalabros do esquema palaciano destinado à
manutenção do poder.
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