A estupidez do deputado federal Jair Bolsonaro não tem
limites. É o inimigo que todos no mundo adorariam ter, pela mais absoluta falta
de discernimento, de controle, de decência. Nada melhor do que uma boçalidade canalha
para desviar a atenção da canalhice boçal que vem acuando o governo e seus
asseclas.
De um momento para o outro, o foco deixou de ser a roubalheira
acintosa promovida pelo PT e assemelhados. Uma – mais uma!!! – declaração asquerosa
de um político destemperado se transforma na boia à qual os ladrões e
vagabundos se agarram para escapar do vagalhão de lama que atinge a quadrilha
que vem assaltando o país há doze anos.
Bolsonaro representa a antítese da maioria absoluta dos
críticos desse desgoverno. É vulgar, desrespeitoso. Não há desculpas,
circunstâncias ou coisa que o valha que atenuem suas palavras e argumentos chulos.
Pode-se, até, ‘entender’ que ele defenda o regime militar responsável por duas
dezenas de anos lastimáveis para a liberdade. Afinal, em uma democracia, todos
devem ter o direito de expor suas ideias, defender convicções.
É inconcebível, no entanto, que extrapole e resvale para a
baixaria, para imagens torpes. Ao agir assim, desmerece as críticas pragmáticas
e objetivas que são feitas ao evidentemente tendencioso tom assumido pela
Comissão da Verdade, que ignorou inteiramente as barbaridades cometidas,
também, pelos que combatiam a ditadura.
Se é inaceitável que o estado atue como torturador e
assassino – e nosso estado torturou e matou, covardemente, pessoas sob sua
custódia -, também não há a menor dúvida de que houve crimes – assassinatos e
tortura, inclusive de simples camponeses, que ajudaram as forças da repressão -
do outro lado.
A admissão dos desvios de conduta de ambos os lados seria
mais produtiva para nossa democracia, que jamais esteve em disputa nos anos de
chumbo. Ao contrário. Solapada por uns, seria destroçada por outros.
A meia verdade – não tenho a menor dúvida - é uma grande
mentira.
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