terça-feira, 12 de novembro de 2013

PT mergulha na lama que denunciara

     Em nota oficial, o agora ex-secretário de Governo de São Paulo, o petista de carteirinha e crachá Antônio Donato, envolvido no escândalo de cobrança de propina reativa ao ISS, afirma, como nos informa O Globo, que pediu o afastamento "para evitar o risco de a quadrilha tentar atingir o governo do PT na cidade de São Paulo e prejudicar o andamento das investigações".
     Não satisfeito, disse ainda que volta à Câmara, "de onde poderá, com a mais ampla liberdade, se defender de denúncias infundadas atribuídas à quadrilha de servidores municipais que fraudava o ISS (Imposto Sobre Serviços) e que a administração do PT desmantelou por meio da Controladoria Geral do Município".
     Se vocês encontraram um punha de lugares comuns às dezenas de 'explicações' dos quadrilheiros do Mensalão e ministros acusados de pilantragem, nos últimos quase onze anos, acreditem: não é coincidência. É assim que essa gente envolvida em corrupção age, quando é pega com as duas mãos nos cofres públicos. Lembram dos sete ministros demitidos no primeiro ano do governo(?) Dilma? Pois é. Todos - todos!!! - saíram com a mesma conversa fiada de que preferiram deixar o cargo para se defender melhor e provar a inocência.
     Nenhum voltou a tocar nos assuntos que causaram os pontapés nos fundilhos mais bem-remunerados da história, pois jamais foram condenados, sequer, a ressarcir o que espoliaram da Nação. No caso atual, ao que parece, o feitiço está virando contra o feiticeiro. O atual prefeito, Fernando Haddad, e a cúpula petista estavam festejando a possibilidade de o escândalo desabar, apenas, sobre aliados de última hora, como o ex-prefeito Gilberto Kassab, atual presidente do PSD, e adversários antigos, como demistas em geral e a turma do PSDB em particular.
     O tiro saiu pela culatra. Ao remexer o lixo, o Ministério Público se deparou com acusações gravíssimas ao ex-homem-forte de Haddad, figura proeminente nas hostes petistas estaduais. Entre elas, a de que teria recebido R$ 200 mil para sua campanha a vereador, dinheiro de origem criminosa, é lógico.
     De volta à Câmara - e isso mesmo, essa gente é apanhada em flagrante e continua nos representando em uma das esferas do Poder -, Donato promete explicar tudo. Aqui, longe do centro nervoso da crise, posso apostar que ele, além de ficar calado, vai fazer todo o possível para esse assunto morrer. Foi isso que seu - dele, Donato - chefe, Lula, fez a vida toda. É isso que os políticos, em geral, fazem.
      Querem um exemplo, além do ex-presidente, que é recorrente: o inacreditável ministro Fernando Pimentel, denunciado por ter recebido uma fortuna por palestras que jamais deu, sumiu o noticiário por quase dois anos. Não dá entrevistas, não fala. Apostando na falta de memória da população e no poder das máquina do marketing, é o virtual candidato a governador de Minas Gerais, com o apoio extremado da presidente Dilma Rousseff, sua chefe e amiga de longa data.

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