segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A minha indignação e a 'deles'

     É evidente que vou discordar do presidente eleito do PT paulista, um tal de Emídio de Souza. Não há a menor possibilidade de eu ter alguma afinidade com a turma que está no poder há quase 11 anos. Especialmente quando o tema é a prisão dos bandoleiros que assaltaram os cofres públicos e tentaram corromper o país.
     Segundo o já citado dirigente partidário, em frase reproduzida pelo Estadão, "há um clima de indignação com a forma como as prisões estão sendo cumpridas". Não é verdade, e a companheirada sabe disso, mas finge não saber. Indignados estaríamos - eu e a parcela decente da população - se essa gente continuasse livre, leve e solta por aí. Lugar de criminoso é na cadeia, tenho repetido.
     Aliás, vou pegar o 'mote' desse último conceito para comentar uma frase do líder maior dos mensaleiros, o ex-presidente Lula. Em um dos seus raros comentários sobre a prisão dos seus antigos auxiliares diretíssimos, saiu-se com um vagamente solidário "Estou com vocês". Não está. Nem retoricamente, nem literalmente. Mas poderia.
     Graças a um processo de blindagem que eu até entendo, em função do momento político, ele escapou não apenas da cassação, que parecia inevitável, mas do processo penal que enredou seus companheiros e da consequente prisão. Chegou a ser citado, mas foi excluído, por "falta de provas".
     Há pouco tempo, foi novamente envolvido no escândalo do Mensalão do seu governo, dessa vez pelo publicitário Marcos Valério, que afirmou, em entrevista, que Lula sabia de tudo o que se passava. A acusação do 'operador' do Mensalão, no entanto, foi desconsiderada, atribuída a uma tentativa de pressionar o governo em busca de uma pena mais leve, já que deve ficar na cadeia a maior parte da vida útil que lhe resta.
     Há outros depoimentos - incluindo o do ex-deputado Roberto Jefferson, que deflagrou a crise - indicando, no mínimo, que o ex-presidente, no mínimo, sabia de tudo o que se passava na sala ao lado do seu gabinete.
     Voltando ao tal novo presidente do PT de São Paulo. Na mesma matéria do Estadão, esse senhor afirma que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, age com vingança e pergunta: "Para que colocar no avião e levar para Brasília, no meio do feriado quem está no semiaberto e tem que cumprir prisão em São Paulo?"
     Vou me permitir responder. Em primeiro lugar, condenado não tem direito a feriado. Em segundo, o fato de estarem - provisoriamente!!! - no regime semiaberto não quer dizer que possam passar o dia flanando num escritório na Rua Augusta. Essa é mais uma invenção petista. Quanto à referência ao avião. Eu também achei desnecessário. Por mim, colocaria todos na caçamba de um carro de polícia e iria por terra, sem desviar de buracos.

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