terça-feira, 19 de novembro de 2013

Patéticos e deploráveis

     O jornalista e acadêmico Merval Pereira, meu velho companheiro das redações de O Globo, nos anos 1970, e Jornal do Brasil, já nos anos 1990, foi até gentil, ao comentar, ontem à noite, a pantomima encenada pelo PT em torno da prisão dos quadrilheiros petistas José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares: "Chega ser patética", afirmou. Vou me permitir ser um pouco mais duro: toda essa mobilização é vagabunda, desprovida de qualquer sentido, típica de personagens acostumados a manipular fatos, mentir.
     Argumentar que os bandoleiros que assaltaram os cofres públicos e agrediram a Nação com seus atos indignos são presos políticos e estão sendo vítimas de perseguição é algo muito perto do degrau mais baixo que a luta 'política' pode chegar (tratando-se do padrão petista de agir tudo é possível, ainda).
     Não há sustentação possível para esses argumentos - se é que podemos classificar assim essa enxurrada de cretinices que tentam empurrar pela goela da população, apostando na desinformação das pessoas comuns. O grupo de assaltantes que investiu contra o País, durante o primeiro governo do ex-presidente Lula, teve um dos julgamentos mais livres da nossa história e os advogados mais caros que o dinheiro poderia ter pago (ainda não sei bem de onde saíram os milhões repassados aos preclaros causídicos, já que todos os bandoleiros declaram levar uma vida simples).
     Condenados, continuaram a desafiar nossa mais alta Corte e a Nação por alguns meses, apostando nas chicanas produzidas pelos tais advogados mais caros do país. Presos, finalmente, alegam cerceamento de direitos, como se os tivessem, como tentam fazer crer, com o apoio ostensivo desse desastroso ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que fala, sim!!! - em nome do Governo.
     Fala e mente, ao endossar a tese de que essa gente teria direito a sair da cadeia para trabalhar, como se isso fosse a regra, e não a mais absoluta exceção. Regime semiaberto - finalmente a GloboNews se rendeu aos fatos, ontem - quer dizer direito a trabalhar dentro de instituições penais, em oficinas, plantações etc.
     Como lembrei ontem, os três podem, sim, ter direito a costurar bolas de futebol, na cadeia, se - eu disse se! - o juiz corregedor assim entender, se (olha o se aí outra vez!) merecerem. Todo o resto faz parte dessa imensa e deplorável fantasia engendrada pelo PT e seus apaniguados e que deve merecer o repúdio da parte maioria decente da sociedade.

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