É evidente que
não tenho a menor simpatia pela presidente Dilma Rousseff, em quem não votei e
em quem jamais votaria, pela extrema mediocridade. Mas respeito seu mandato,
obtido democraticamente, até prova contundente em contrário. Acredito, até, que
essas provas vão chegar muito em breve, a partir do desenrolar do julgamento
desse escândalo de proporções jamais vistas protagonizado pelo seu – dela, é
claro! – partido, o PT, e asseclas.
Respeito o
direito de manifestação da sociedade. Pedir o impeachment da presidente, com
base nas tenebrosas notícias que diariamente chegam ao conhecimento da
população, é um direito garantido pela Constituição, desde que realizado dentro
dos parâmetros aceitáveis em uma sociedade democrática. Mas não me sinto
confortável em participar de algo que, de alguma forma, possa arranhar os limites
da convivência sadia entre poderes.
O impedimento da
presidente – acredito que haja evidências suficientes para que aconteça –
deverá ser o resultado da manifestação política que naturalmente se seguirá ao
julgamento dos responsáveis por esse esquema montado para saquear a Petrobras e
favorecer os planos escabrosos de perpetuação no poder que foram desenvolvidos
ao longo dos últimos doze anos dessa lastimável era de dissolução moral que se
abateu no País.
A pressão
popular, nesse caso, pode ser um fator determinante. Mas não pode nem deve ser
o mais importante. O afastamento de um presidente eleito democraticamente deve
atender a ritos imprescindíveis, fundamentais, quase dogmáticos. Será
necessário que fique comprovado efetivamente que o mandato que conquistou nas
urnas foi conspurcado pela indignidade, irrigado por recursos oriundos de
crimes.
Descumprir
promessas eleitorais, por mais vagabundo que o discurso possa parecer, não me
parece suficiente para decisões tão extremas. As mentiras, o jogo baixo e o estelionato
ideológico perpetrados pela presidente, na campanha, devem ser respondidos nas
urnas. Devem ser expostos amplamente, para que a população menos informada e
mais sensível à exploração de governantes inescrupulosos, como são os atuais,
obtenha meios de avaliar melhor, de depurar, valorizar seu voto.
Pessoalmente,
pelas expectativas que tenho em relação ao país que será vivido pelos meus
netos, torço para que tenhamos mudanças, rápidas, que abreviem essa época de
trevas inaugurada pelo ex-presidente Lula, o grande responsável pela tragédia
que atinge o Brasil. Mas que essas mudanças se produzam num processo
constitucional, democrático, público. Será o maior antídoto ao terrorismo
aventado por Lula, quando ameaçou a Nação com um exército de fancaria.
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