quinta-feira, 19 de março de 2015

Respeito aos fatos

     De uma vez por todas: a presidente Dilma Rousseff jamais lutou pela democracia, como anda dizendo, a ‘bordo’ do seu novo modelito verde e amarelo. Ao contrário. Ela e seu grupo pretendiam instalar aqui, no Brasil, uma ditadura comunista, a exemplo da cubana. No caminho, havia, no entanto, outra ditadura, a chefiada pelos militares que assumiram o poder a partir de abril de 1964. Simples assim. Sem vigarices retóricas.
     E não estava sozinha nesse projeto. A juventude de então (fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970), das qual eu fazia parte, estava, em sua grande maioria, engajada na reação à ditadura, que se mostrava caracteristicamente violenta, em especial a partir da edição do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, marco definitivo do arbítrio.  
     Parte, entretanto, conseguia conciliar o repúdio ao regime com uma preocupação claramente voltada para a reconquista das prerrogativas que só podem ser oferecidas em um regime democrático. De um modo geral, todos foram decisivos no processo que encerrou aquela fase lastimável da nossa vida pública, mas através de caminhos e por objetivos absolutamente distintos.
     Lula? Esse jamais teve consciência política. Fá ardoroso do general Ernesto Geisel, não contestava o regime, brigava, apenas (e já era muito, é verdade ...), por melhores salário e condições de trabalho, nas fábricas paulistas. Tanto que, segundo seu (dele, Lula) ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, trabalhou como informante do Dops, após ser preso por liderar greves. Era uma espécie de ‘Cabo Anselmo do ABC’.




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