De uma vez por todas: a presidente Dilma Rousseff jamais lutou
pela democracia, como anda dizendo, a ‘bordo’ do seu novo modelito verde e
amarelo. Ao contrário. Ela e seu grupo pretendiam instalar aqui, no Brasil, uma
ditadura comunista, a exemplo da cubana. No caminho, havia, no entanto, outra
ditadura, a chefiada pelos militares que assumiram o poder a partir de abril de
1964. Simples assim. Sem vigarices retóricas.
E não estava sozinha nesse projeto. A juventude de então
(fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970), das qual eu fazia parte, estava, em
sua grande maioria, engajada na reação à ditadura, que se mostrava
caracteristicamente violenta, em especial a partir da edição do Ato
Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, marco definitivo do arbítrio.
Parte, entretanto, conseguia conciliar o repúdio ao regime
com uma preocupação claramente voltada para a reconquista das prerrogativas que
só podem ser oferecidas em um regime democrático. De um modo geral, todos foram
decisivos no processo que encerrou aquela fase lastimável da nossa vida
pública, mas através de caminhos e por objetivos absolutamente distintos.
Lula? Esse jamais teve consciência política. Fá ardoroso do
general Ernesto Geisel, não contestava o regime, brigava, apenas (e já era
muito, é verdade ...), por melhores salário e condições de trabalho, nas
fábricas paulistas. Tanto que, segundo seu (dele, Lula) ex-secretário nacional
de Justiça, Romeu Tuma Júnior, trabalhou como informante do Dops, após ser
preso por liderar greves. Era uma espécie de ‘Cabo Anselmo do ABC’.
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