quarta-feira, 11 de março de 2015

Imoralidade!

     O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, assinou seu atestado de óbito moral, ao se oferecer para integrar – presidir!!! - a turma que vai julgar a roubalheira na Petrobras, protagonizada pelo PT e seus assemelhados. Por mais medíocre que seja – chegou à mais alta Corte de Justiça mesmo tendo sido reprovado duas vezes em concursos para juiz -, espera-se um comportamento mais digno de alguém que tem a incumbência primordial de zelar pela Constituição, pelo respeito às leis e à dignidade nacionais.
     E tudo isso acontece da maneira mais inescrupulosa possível, ao mesmo tempo em que a devassidão do atual esquema de poder foi exposta ao país ao longo do depoimento público de um ex-diretor da Petrobras, em um dos espetáculos mais deprimentes da nossa história recente: um criminoso confesso apontando o dedo para seus antigos parceiros de bandalheiras, de maneira didática e inquestionável.
     Um processo tão devastador como o que atinge o país ganhou novo ingrediente, com a possibilidade de Dias Toffoli ser o responsável pela palavra/voto final no julgamento da quadrilha composta também por ex-companheiros do partido ao qual serviu como empregado. Sua atuação anterior, no julgamento do Mensalão, evidenciou a falta de isenção, a preocupação constante em trabalhar pela redução das penas, quando não pela simples absolvição dos quadrilheiros.
     A presença de Dias Toffoli no STF é um escárnio, por si só. A decisão de se oferecer para preencher a vaga em aberto na turma que vai julgar essa segunda fase do assalto institucional aos cofres da Nação é indigna. Ser recebido pela presidente Dilma Rousseff, imediatamente após, revela uma desfaçatez impensada em países que se querem respeitados, além de provar que não há limites para a falta de decência.


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