sábado, 7 de março de 2015

''Fogo amigo'

     "O governo quer um sócio na lama. Só entrei para poderem colocar o Anastasia (Antônio Anastasia, PSDB-MG, senador e ex-governador)".

     "Ao Palácio do Planalto não interessava tirar ninguém da lista. O jogo do governo era: 'Quanto mais gente tiver, melhor, desde que tenha o Aécio'. Essa era a lógica do Planalto. E eles foram surpreendidos. A Dilma só soube que o Aécio estava fora na noite da terça-feira, quando o Janot entregou os nomes para o Supremo. Aí a lógica foi clara: vazar que estavam na lista Renan e Eduardo Cunha. Por quê? Porque essa é a estratégia deles. Querem sempre jogar o problema para o outro lado da rua. Foi algo dirigido."

     Duas frases extraídas de matéria de Veja, que reproduziu entrevistas do deputado Eduardo Cunha e do senador Renan Calheiros, respectivamente à Folha de São Paulo e ao portal da UOL. Expõem claramente o clima em Brasília e a enorme dificuldade que a presidente Dilma Rousseff e o PT terão para se livrar das consequências da roubalheira na Petrobras.
     E tudo ainda está começando. A ‘lista de Janot’ refere-se apenas a duas das 15 – é isso mesmo, 15!!! – delações premiadas já homologadas ou em fase de homologação. Muitos nomes ainda vão ser apontados, especialmente agora, quando as investigações começam a se desdobrar para outras empresas e/ou projetos do Governo, vítimas de assaltos semelhantes.

     Haja caixa e cargos para calar bocas e consciências - se é que elas, as consciências, existem em Brasília.

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