sexta-feira, 13 de março de 2015

Justiça para Stédile

     Esse lastimável ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu-se com mais uma de suas vigarices retóricas, ao dizer que defende o direito a manifestações, desde que sejam pacíficas e ordeiras, numa alusão ao dia de protestos contra o Governo Dilma marcado para depois de amanhã. Como se houvesse uma predisposição ao vandalismo, apenas e tão-somente pelo fato de pessoas se unirem para exercer o direito de expressão.
     Em contrapartida, não houve uma palavra, sequer, com relação aos desatinos protagonizados por João Pedro Stédile chefe maior do MST, essa organização que vem se destacando pela prática de atos de vandalismo e terrorismo, como a recente destruição de pesquisas genéticas que vinham sendo realizadas há 15 anos.
O silêncio conivente do Governo em relação às atitudes e palavras desequilibradas e criminosas do líder ‘camponês’ e de seu ‘exército’ de seguidores flerta com a ilegalidade. Eu não me surpreendo quando o ex-presidente Lula ameaça a Nação com uma guerra civil, como fez recentemente, quando acenou com o uso do MST. Afinal, Lula, por ser absolutamente desprovido de valores, é capaz de tudo. Mas um governo não pode ser institucionalmente irresponsável.
     Os caminhoneiros que fecharam estradas recentemente, protestando contra medidas do Governo, foram tratados como insurgentes e enquadrados pelas autoridades, inclusive com o uso de força policial. Os ‘soldados de Stédile’ que invadem e destroem propriedades particulares, bloqueiam rodovias, ocupam prédios públicos, agridem funcionários e andam acintosamente armados (facões e foices são armas, sim, e não apenas ‘instrumentos de trabalho’), por sua vez, são aquinhoados com quentinhas e afagos.
     Imaginem, para efeito de comparação, o discurso de ódio desses usurpadores da dignidade nacional se os manifestantes de domingo que vem (entre os quais eu não vou estar, ressalto!) fossem às ruas portanto prosaicos canivetes suíços. ‘Qua-quás’ e assemelhados tão risíveis quanto ele invadiriam o horário nobre das tevês para denunciar golpes e golpistas.
     A grande ameaça à democracia não está no protesto de milhões de desiludidos com o atual governo, afogado em uma torrente de negociatas escusas. O risco maior à liberdade está no uso de atitudes extremistas, criminosas, que afrontam a Constituição, como as que são executadas pelo MST, black blocs e outros baderneiros da mesma laia.





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