Com a demora no julgamento e a reeleição do ex-presidente Lula, a sensação de impunibilidade foi exacerbada. Se nem mesmo o maior escândalo da história republicana foi capaz de derrubar o esquema de poder que estava se instalando, tudo o mais seria possível. Foi como se todas as porteiras amanhecessem arrombadas. A ladroagem, teoricamente em nome de uma 'causa', chegou a níveis inacreditáveis, culminando, agora, com a devastação da Petrobras, um símbolo nacional.
No meio do caminho entre o Mensalão e afundamento na nossa maior empresa, foram dezenas de casos. Dos falsificadores de dossiês - os "aloprados", na versão lulista - aos sete ministros do Governo Dilma que foram demitidos no primeiro ano, passando por setores intermediários da administração, aparelhados pelo PT e usados como fonte de renda para seus militantes. Quase doze anos de desatinos, marcados pela prisão da cúpula partidária hegemônica.
A arrogância e a prepotência dos atuais mandatários, entretanto, não foram abaladas. Usando recursos que deveriam ter destino mais digno, inundam programações de tevê, jornais e revistas com um volume jamais visto de publicidade, quase sempre mentirosa. Para acobertar o estupro nas contas da Petrobras, afundam as mãos nos já abalados recursos da empresa. Assistimos, nos últimos tempos, à maior farra publicitária jamais registrada.
E ainda somos agredidos com notícias sobre recursos contra a condenação dos assaltantes mensaleiros, inconformados com a Justiça.
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