quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Retrato de um mensaleiro

     O deputado federal João Paulo Cunha, do PT de São Paulo, é, talvez, o político que mais bem represente essa leva deplorável que infesta o Congresso há onze anos, em especial. Hoje, nossos jornais noticiam que ele, além de não admitir sequer pensar em renunciar ao mandato, pretende desencadear uma campanha destinada a 'provar' foi condenado indevidamente à prisão.
     De todos - e estou incluindo nesse bando figuras como o ex-ministro José Dirceu, o chefão da quadrilha do Mensalão do Governo Lula -, talvez seja ele, João Paulo, o personagem que mais me provoca repúdio, pela mediocridade, pela desfaçatez, pela pequenez (não apenas retórica) de sua investida nos cofres públicos.
     João Paulo, para quem tem memória curta ou seletiva, é aquele ex-presidente da Câmara que mandou a mulher sacar uma propina R$ 50 mil, diretamente no caixa de um dos bancos envolvidos na roubalheira. Não teve, ao menos, a 'diginidade' de ir ele mesmo. Expôs a mulher, que foi flagrada recebendo o dinheiro.
     Não satisfeito, quando confrontado com as evidências, argumentou, entre outras mentiras, que a mulher estava realizando o pagamento de uma prosaica conta da tevê por assinatura. É evidente - e sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal comprova - que foi desmascarado. Nem assim tomou vergonha. Confiando no esquema de adulteração dos fatos desencadeado pelo PT e no esquecimento da população, continua afrontando a dignidade nacional.
    Já deveria ter sido cassado e estar no xadrez.

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