sábado, 21 de dezembro de 2013

Audácia de bandoleiros

     O indecoroso apoio petista aos seus quadrilheiros ultrapassa qualquer limite 'tolerável' de indecência. Ao longo dos últimos anos, desde que o escandaloso assalto aos cofres públicos realizado no Governo Lula tornou-se público, temos assistido a incontáveis demonstrações de falta de caráter emanadas de todas as camadas do partido, incluindo as mais altas, frequentadas pelas estrelas maiores da sigla.
    De tão corriqueiras, essas demonstrações de desprezo pela diginidade nacional já não provocavam reações. É verdade que a chantagem executada pelo ex-presidente e chefe dos bandoleiros contra o ministro Gilmar Mendes, do STF, teve lá sua repercussão, pelo inusitado e grau de canalhice. A lastimável cena da presidente da República, ao lado de seu mentor, participando de um ato de desagravo aos quadrilheiros também repercutiu, mas não chegou a abalar o 'prestígio' de Dilma Rousseff, como em destacou o jornalista Guilherme Fiúza, hoje, em O Globo.
     Imagino que a divulgação das pressões exercidas por políticos petistas contra o juiz da Vara de Execuções Penais de Brasília também tenha o mesmo destino, apesar da enorme importância: a vala comum do esquecimento, aplainada pelas benesses das muitas bolsas que sustentam não apenas desvalidos, mas o esquema de perpetuação no poder que vem sendo executado cirurgicamente pelo PT.
     Nossos jornais e revistas revelam que políticos dos mais variados escalões petistas, que não agem sem aprovação direta do ex-presidente Lula, têm feito de tudo para tirar seus companheiros da cadeia, algo impensável em países com governos minimamente decentes. 'Visitas' intempestivas, telefonenas insinuantes, conversas de 'pé de ouvido'.
     Entre os que andaram pressionando a Justiça, o atual governandor do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; um tal de Vigilante (deputado); e um dos absolvidos por falta de provas (ou algo semelhante), que recebeu mai de R$ 300 mil do esquema montado pelo ex-ministro José Dirceu (o "chefe da quadrilha") e pelo publicitário mineiro Marcos Valério.
     Deveriam, todos, estar na cadeia, ao lado dos companheiros que tanto defendem.

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