domingo, 22 de dezembro de 2013

A dor do desencanto

     Eu realmente fico impressionado quando descubro que ainda há pessoas que defendem esses quadrilheiros petistas que foram condenados à prisão. Pessoas decentes, é claro, pois a companheirada não entre nessa minha conta, por óbvio. Fico imaginando que exercícios mentais são necessários para expelir alguma observação que faça o mínimo sentido. E sinto por essas pessoas que, no âmago, ainda acreditam que essa gente que está no poder há onze anos é, de fato, digna de respeito.
     O sofrimento - eu acredito que elas, as decentes, sofram, realmente - é constante, pela luta que travam diariamente com a própria consciência. Uma batalha que se renova inexoravelmente a cada fim de semana, seja com as temidíssimas capas da Veja ou com eventuais manchetes como a de hoje no Estadão.
     Está lá, com todas as vírgulas e pontos de exclamação possíveis, a matéria mostrando que o chefe dos bandoleiros que assaltaram os cofres públicos no episódio que ficou conhecido como Mensalão do Governo Lula abriu uma filial de sua empresa de 'consultoria' no Panamá, no mesmo endereço de uma tal de Truston International, não por acaso - nunca é por acaso, em se tratando de petistas e assemelhados - a dona do hotel que queria 'empregá-lo' há alguns dias.
     É isso mesmo, o chefe da quadrilha do Mensalão (segundo acusação aceita pelo Supremo Tribunal Federal, é bom frisar), aquele por quem batem corações e mentes petistas, entre eles os da atual e do ex-presidente dessa pobre República, tem uma empresa ancorada em uma fábrica de testas de ferro, os populares 'laranjas'. Um artifício usado por bandidos de todas as partes do mundo para escapar de fiscalização e ocultar suas pilantragens, desvio de dinheiro roubado etc.
     Infelizmente, para as ainda crédulas pessoas decentes, não há como culpar alguém, dizer que é tudo invenção da mídia ou que está havendo um linchamento político do "guerreiro do povo brasileiro". As provas de mais esse - digamos ... - desvio de conduta estão todas na reportagem do Estadão, com direito à reprodução dos contratos etc.

Nenhum comentário:

Postar um comentário