sábado, 28 de dezembro de 2013

Por mais dignidade

     Muita gente, de uma maneira ou outra, fez prognósticos ou confessou o que espera de 2014. Minhas expectativas não são lá muito grandes. E as poucas que tenham passam longe dos campos de futebol, aos quais venho dando menos importância, a cada ano, embora ainda sofra com as atuações lamentáveis do meu Vasco.
     Espero, em primeiríssimo lugar, que o país seja varrido, do Oiapoque ao Chuí, por uma onda de dignidade, uma tsunami de caráter e decência, pois que estamos muito necessitados. Não podemos nos dar ao luxo de jogar fora mais um ano, como aconteceu nos três primeiros do mandado da presidente Dilma Rousseff, mais desastrosos, até, do que a média de seu lastimável antecessor e mentor.
     Nos últimos 36 meses, derrapamos em escândalos e nos afogamos em oceanos de mediocridade, proselitismo e a mais absoluta incapacidade gerencial. Justamente a grande marca que tentou-se estampar na escolhida pelo ex-presidente Lula para esquentar a cadeira, até que ele volte nos braços do povo.
     Nossa economia é um desastre movido a espasmos. Todos os analistas dignos desse título são unânimes em criticar a mais completa falta de um norte, de um projeto para o país, e a ameaça real de uma crise capaz de nos afundar até os níveis vividos hoje por dois de nossos vizinhos mais diletos, Argentina e Venezuela.
     É bem verdade que mesmo nossa limitada presidente consegue ser menos lastimável do que Cristina Kirchner e Nicolás Maduro, quase insuperáveis em mediocridade. E não podemos esquecer a disparidade existente entre o Brasil e os demais sul-americanos. Mas o pesadelo não está afastado. Especialmente por não contarmos com um elemento que seria fundamental nesse momento: políticos decentes, respeitadas as exceções, que existem, sim.
     Pouco se pode esperar de um Congresso dirigido por Henrique Alves Filho e Renan Calheiros e manipulado pelo PT. Resta-nos apostar na coragem do íntegro presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, e de alguns de seus pares.

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