Já comentei esse assunto recentemente. Mas a repetição desse
misto de vigarice retórica e pilantragem ideológica me obriga a repisar: o Governo
de petistas e assemelhados não tem a menor participação na apuração das
bandalheiras companheiras que estão acontecendo na Petrobras, em especial, e no
país em geral, há doze anos. Ao contrário do que dizem a presidente Dilma Rousseff
e seus acólitos, a investigação da Polícia Federal, atrelada à determinação de
um juiz íntegro, o paranaense Sérgio Moro, vem sendo realizada contra a vontade geral dos poderosos de plantão.
Por essa gente, nada seria apurado, não haveria uma notícia
sequer sobre seus crimes, canalhices institucionais, desrespeito à Nação e
atropelo da dignidade do país. Dilma Rousseff, se pudesse, enterraria com uma
só penada tudo o que vem sendo feito com isenção e coragem. Mais do que uma
mentira, a versão que os vigaristas de plantão insistem em espalhar sobre o
escândalo da vez é um acinte à inteligência.
A Polícia Federal investiga justamente porque é independente
do poder, infensa às influências deletérias, como a desse lastimável ministro
da Justiça, José Eduardo Cardozo, que decidiu perseguir os delegados da PF que
investigam a roubalheira na Petrobras, sob a alegação de que votaram e
elogiaram, em páginas pessoais, o candidato da Oposição, Aécio Neves.
Vejam a desfaçatez desse grupo (eu quase escrevi “dessa quadrilha”):
espalha, cinicamente, que apoia a investigação e, nos bastidores, age de
maneira acintosa e covarde contra os agentes da lei. Flagrados com mãos, pés e
mentes arrombando os cofres públicos, os representantes desse projeto de poder
tentam, com táticas de marketing que beiram a indecência, faturar os resultados
de uma investigação criminal que fazem tudo para soterrar.
E ainda não chegamos na fase de indiciamento da turma que
tem mandatos. As versões que surgem aqui e ali remetem para uma lista com algo
em torno de 100 políticos, entre governadores, senadores e deputados do PT, em
sua maioria, e aliados em geral. Não apenas fofocas de bastidores, mas acusação
– já aceitas!!! – com nome, sobrenome e número de conta bancária.
E o que mais grave, ainda: a indicação da presença, direta
ou indireta, do ex-presidente Lula e da atual mandatária, Dilma Rousseff. O doleiro
e um dos diretores petroleiros petistas já disseram – e os áudios de seus depoimentos comprovam –
que os dois (Lula e Dilma) sabiam de tudo o que estava acontecendo.
A luta para evitar a quebra dos sigilos bancário e
telefônico do tesoureiro petista João Vaccari é outra evidência do pavor que
ronda a companheirada. Assim como a corrida para retirar do ministro Gilmar Mendes
a atribuição de avaliar as contas governamentais, tarefa que lhe coube por
sorteio.
Infelizmente para o Brasil, o atual governo termina como
começou: imerso em bandalheiras. E o que pode ser ainda mais grave: vai começar a segunda etapa manietado, espremido em um canto do ringue onde se debaterá com o que a parcela
digna da população quer para nosso país.
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