A aparição do ministro da Justiça(?) José Eduardo Cardozo,
hoje pela manhã, para falar sobre esse que já é o maior escândalo da nossa
história – a roubalheira desenfreada dos cofres da Petrobras patrocinada por
agentes a serviço do atual esquema de poder -, foi tão lastimável quanto o
assalto em si. O mais medíocre dos
ocupantes dessa pasta, em todos os tempos, cumpriu com evidente denodo a tarefa
de tentar retirar dos ombros petistas o peso de mais essa desfaçatez.
Sem ficar ruborizado, Cardozo afirmou, com todas as letras,
que o Governo está determinado a apurar tudo e condenou a oposição pelo que ele
classificou de uso eleitoral do crime. Com aquela expressão de severidade que
cola no rosto sempre que precisa falar sobre canalhices oficiais, chegou perto
de dizer que tudo o que vem acontecendo na nossa maior empresa é culpa dos
partidos oposicionistas e da imprensa, que insiste em publicar essas notícias.
De passagem, com o mesmo tom severo, fez alusões à possível
identificação de delegados da Polícia Federal com a candidatura do senador
Aécio Neves, em mais uma tentativa de desacreditar o processo, culpando os
agentes, e não os bandidos. E ainda
tentou convencer - como se fosse um porta-voz da indignidade - que as investigações e punições são o resultado de iniciativas
do governo ao qual serve com fidelidade canina.
Deve ter acrescido alguns pontos na sua contabilidade para
ser indicado para a vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal, onde
se juntaria a Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli na tarefa de livrar a
companheirada de um retiro no presídio da Papuda.
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