sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Uma declaração leviana

     Nossa ainda presidente - em mais uma de suas desastradas tentativas de articular algo que tenha um mínimo de coerência - afirma que a divulgação dos depoimentos que incriminam o PT e seus asseclas é "leviana". Vejam bem: a divulgação é leviana, e não a roubalheira de seus companheiros, amigos, irmãos, camaradas. 
     Assim como seu mentor, mas sem sua capacidade de mentir com naturalidade, Dilma Rousseff 'nega o que não há para negar', como dizia um samba antigo. É uma tática envelhecida, rastaquera. Impossibilitada de escapar da nova onda de lama que está afogando seu governo, a ainda presidente, industriada por sua equipe de marqueteiros, tenta manter a cabeça no limite de sobrevivência.
     Na sua luta desesperada para manter o poder, Dilma e seus pares vão exercitar, ao extremo, algumas de suas maiores qualidades: a calúnia, a mentira, a vigarice retórica. Nada que ela, a ainda presidente, não tenha antecipado há quase dois anos, ao se referir à futura campanha eleitoral: "Em eleição vale tudo", anunciou, sem se ruborizar.
    Os fatos, no entanto, estão se antepondo à canalhice anunciada. A essa altura, a turma que está prestes a se hospedar na Papuda deve estar se lamentando profundamente por não estarmos em Cuba, por exemplo, onde há um jornal oficial do 'partido'. Um jornal ao gosto de ditadores e aprendizes, que jamais publicaria algo que atingisse o rei ou a rainha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário