Uma boa notícia para o País e assustadora para o Governo, publicada, entre
vários jornais, pela Folha de São Paulo: o Conselho de Ética da Câmara decidiu
pela cassação do ainda deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), pelo seu envolvimento com
o doleiro Alberto Yussef, esse mesmo que afirmou, em depoimento oficial, que o
ex-presidente Lula e a atual e reeleita presidente Dilma Rousseff sabiam de
todas as tenebrosas transações envolvendo o assalto aos cofres da Petrobras e o
repasse de propina para o PT e partidos ‘aliados’.
Além de Lula e Dilma, há uma penca
de governadores, senadores, deputados e outros menos votados (ou sem voto
algum) relacionados por Yussef e pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto
Costa, como beneficiários do maior esquema de assalto aos cofres e dignidade
públicos já registrado em todos os tempos. E não há como imputar as denúncias a
um ‘golpe eleitoral’, a uma postura antidemocrática, a um apelo ao arbítrio.
Todas as acusações partiram e estão partindo, como em todas as ocasiões
passadas, de gente de dentro do Governo.
O público em geral – como diriam os
mais antigos – ‘não sabe da missa a metade’. Por força legal, as acusações formais
contra pessoas que têm foro privilegiado estão sendo mantidas em sigilo. Há
dezenas de personagens do primeiro escalão da nossa vida pública prestes a
mergulhar na ‘privada’ retórica. Os fatos necessariamente serão divulgados,
como o foram no Mensalão do Governo Lula, até então o maior roubo institucional
já registrado em terras brasileiras.
Por mais que o Supremo Tribunal
Federal esteja formado por uma maioria de ministros escolhidos a dedo pelos
dois últimos governantes petistas, há um limite ético que dificilmente será
ultrapassado pelo colegiado, mesmo sob a presidência do notório Ricardo
Lewandowski, o, à época, relator do processo do Mensalão que se transformou no
mais vibrante defensor dos quadrilheiros petistas e assemelhados.
O Supremo e a sociedade, pelos
termos do acordo de delação premiada já aceito no caso de Paulo Roberto Costa,
serão confrontados por provas das barbaridades cometidas ao longo dos últimos anos.
O doleiro Alberto Yussef por exemplo, afirma que tem comprovantes de depósitos,
recibos de transferências e documentos variados.
Por muito menos – menos,
mesmo! -, cassamos o primeiro presidente eleito após a redemocratização, o
atual senador alagoano Fernando Collor de Melo. As maiores acusações – pelo menos
as que mais repercutiam na sociedade - davam conta da compra de um sedã da Fiat
(um Prêmio, se a memória não me trai) e da manutenção da Casa da Dinda,
residência particular da família Collor em Brasília.
Comparados ao estratosférico
esquema de corrupção montado na Petrobras e outras empresas governamentais,
esses ‘malfeitos’ não passam de meros roubos de galinha, realizados por trombadinhas.
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