A imundície começa a vazar aos borbotões dos
depoimentos (a tal ‘delação premiada’) do ex-diretor da Petrobras, Paulo
Roberto Costa, e do doleiro oficial da quadrilha que está no poder há
praticamente doze anos. As manchetes dos principais jornais e revistas não
poderiam ser mais objetivas e contundentes: o PT ficava com dois terços da propina
paga por empresas envolvidas com nossa maior empresa. E quem acertava tudo era
o tesoureiro do partido, o Delúbio Soares de plantão. Simples assim.
E, mais uma vez, o lamaçal é revelado por alguém de
dentro, de um participante do esquema. Como em todas as ocasiões anteriores –
Mensalão do Governo Lula, compra de dossiês falsos, desvio de dinheiro destinado
a programas sociais etc etc -, as denúncias partiram dos intestinos do governo,
uma espécie de ‘fogo amigo’. Em todos os escândalos dessa lastimável era de
devassidão, não houve uma denúncia sequer que tivesse partido de alguém da –
digamos – oposição.
São bandidos denunciando bandidos. Criminosos
tentado salvar a pele apontando os verdadeiros chefões, os ‘capos’ dessa máfia
cabocla. A cada depoimento, novas acusações, mais sujeira. O esgoto, dessa vez,
não apenas 'salpicou' no presidente, como no Mensalão. A turma que intermediava
os roubos do PT afirma que a campanha da atual presidente, em 2010, foi
irrigada com dinheiro sujo. Se irrigou a anterior, certamente temperou a atual.
Contra esses fatos - não podemos esquecer que os
delatores são obrigados a contar a verdade, e provar as acusações -, não há
retórica possível, não há desculpas. O atual escândalo envolvendo a Petrobras já
é o maior de todos os tempos, pelo volume de dinheiro roubado e pela agressão à
própria democracia.
Se no Mensalão partidos e políticos foram comprados, no ‘Petrolão’
houve uma distribuição entre asseclas, uma grande e asquerosa ação entre
amigos.
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